Unicef publica relatório dizendo que exposição a pornografia online não prejudica crianças e é severamente criticada

Unicef publica relatório dizendo que exposição a pornografia online não prejudica crianças e é severamente criticada

Divulgação da Unicef, rechaçada por especialistas, poderia abrir as portas para a pedofilia ao afirmar que pornografia não faz mal para crianças.

Por Redação em 05/07/2021

Unicef defende que pornografia não prejudica crianças e causou revolta.

Um relatório recém-publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) causou revolta no mundo acadêmico após sustentar que não há evidências de que crianças expostas à pornografia sejam prejudicadas.

O estudo feito em 19 países da União Europeia declara que qualquer esforço para impedir que crianças acessem pornografia online “pode violar seus direitos humanos”.

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De acordo com a Unicef, 39% das crianças expostas à pornografia que foram entrevistadas disseram que “ficaram felizes”, enquanto muitas outras ficaram indiferentes.

“Existe pouca regulação ou consenso a respeito do que é de fato nocivo às crianças na internet ao redor do mundo, ou a respeito de alguma definição sobre o que é e o que não é apropriado para crianças em diferentes contextos”, diz o texto.

O objetivo da pesquisa, segundo seus organizadores, era compreender a aplicação de políticas públicas na proteção de crianças a conteúdos nocivos. O conteúdo foi publicado no site da Center For Family and Human Rights.

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Lisa Thompson, vice-presidente e diretora do Instituto de Pesquisa do Centro Nacional de Exploração Sexual, chamou atenção para inúmeras pesquisas anteriores que já atestaram os efeitos prejudiciais da pornografia infantil.

De acordo com Thompson: “O relatório da UNICEF ignora todos os estudos que demonstram e comprovam os danos que a pornografia causa nas crianças. Ao ignorá-los, o UNICEF joga uma verdadeira ‘roleta russa'”.

O Centro Nacional sobre Exploração Sexual, nos Estados Unidos, reagiu ao artigo publicado pelo Unicef com uma carta conjunta assinada por 487 especialistas e militantes na área de proteção à criança, de 26 países diferentes.

Além disso, pesquisas atestam que o consumo de pornografia é altamente viciante até mesmo para jovens e adultos. Deve-se ressaltar também que há grande divulgação de sequestro de crianças e tráfico de drogas em sites pornográficos.

A Unicef, após a repercussão, removeu o artigo.

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Foto: Syed Aoun Abbas.