Reflito há algum tempo sobre as questões das cidades em todo o Brasil, e em especial Valinhos, no estado de São Paulo, a cidade onde eu moro com minha família. Lamento informar, mas não há como pensar em “cidades” sem analisar o plano diretor de cada uma delas. E o atual Plano Diretor de Valinhos é prova disso.
O plano diretor de uma cidade serve para nortear, e aqui entenda-se, orientar, toda e qualquer ação do poder único e da iniciativa privada no que se refere as construções dos espaços, tanto urbanos quanto os rurais, assim como na oferta de serviços considerados essenciais.
Inquieto, tive a ideia de conversar com um engenheiro sobre o assunto. Foi então que eu tive um bate papo com o engenheiro Gustavo Ramos.
Conversamos sobre o plano de Valinhos, e foi muito esclarecedor. Costumo dizer que é importante entender o que está acontecendo. Seguem, abaixo, as principais conclusões a respeito, minhas e do engenheiro Gustavo Ramos.
Em debate o Plano Diretor de Valinhos
Nos últimos anos debati com vários grupos e instituições para ver o que a cidade precisa. Com toda esta bagagem, concluo que o atual plano diretor não contempla as principais demandas do município.
A atual crise de falta de água no município é um exemplo disso: o plano diretor não endereça este importante ponto. Ele também não fala nada sobre saúde ou sobre segurança, demandas importantes da população.
Nós sabemos que todas as cidades precisam de um plano diretor amplo e correto. Somente assim possibilitará o crescimento ordenado da cidade.
Se o intuito da cidade é crescer, precisamos alterar isso. Chega de documentos obsoletos e ultrapassados.
Nossa cidade tem problemas nas áreas da educação, da saúde, da segurança, entre outras. O plano diretor deve ser estabelecido pensando no bem estar do cidadão e na geração de emprego e renda.
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Empreendimentos são necessários, sabemos disso. Mas é preciso pensar também na qualidade de vida da população da cidade, que hoje enfrenta uma crise de água justamente pela completa falta de planejamento.
Hoje está claro: a cada momento que a cidade cresce, a qualidade de vida do cidadão entra em queda.
Um documento como o plano diretor de Valinhos deve ser formado pela coletividade, com associações de classe, com entendimento do setor financeiro, do jurídico, com representantes da OAB, com engenheiros com o CREA, por exemplo.
Na última versão do plano diretor, a prefeitura deixou de considerar todas as questões relevantes destacadas pela comunidade. Tudo o que foi pedido pela população ficou de fora.
Em suma, a dinâmica construída neste plano diretor não é multi-temática. É preciso trabalhar em benefício da população, em prol da comunidade e não contra ela.
Vale a pena assistir este bate-papo na íntegra:
*Paulo Batista é cristão, esposo da Karine e pai do Henrique. Ideólogo, jornalista e militante pela liberdade. Pós-Graduado em Direito Registral, Imobiliário e Contratual, formado em Administração, Comunicação, Marketing, Contabilidade e Transações Imobiliárias. Atualmente é candidato a Prefeito pelo Patriota em Valinhos/SP.
Foto: reprodução/Youtube.