O ex-assessor petista Eduardo Gaievski, que cuidava de políticas para crianças e adolescentes carentes na gestão Dilma Rousseff, foi condenado por estupro de menores (incluindo meninas de 12 anos) e teve sua pena aumentada. Ao todo, ele está condenado a 112 anos, 6 meses e 28 dias e está preso desde 2013.
É a nona condenação e todas as condenações foram confirmadas em segundo grau. Ele não conseguiu reverter nenhuma decisão, tendo sido julgado e condenado por 38 crimes praticados contra 23 vítimas, sendo que nem todos os crimes são de estupro.
O que petista condenado por estupro de menores fazia?
No Palácio do planalto, Gaievski era subordinado à então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e cuidava de programas sociais do governo para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Além disso, Gaievski foi prefeito de Realeza pelo PT. Em síntese, Gaievski aliciava adolescentes oferecendo dinheiro e empregos na prefeitura.
De acordo com depoimento das vítimas, o petista pagava entre 150 e 200 reais a meninas pobres da cidade em troca de favores sexuais. Ele sempre negou as acusações. Após os crimes denunciados serem confirmados em 2013, o jornalista Ucho Haddad apelidou Gaievski de “Monstro da Casa Civil“. Em resposta a cobertura dada ao caso pelo Ucho.Info, Gleisi Hoffmann processou o jornalista, editor do portal, que informou sobre o processo em 20 de Dezembro de 2020.
O assistente de acusação e defensor das vítimas de estupro, o advogado Natalício Farias, diz que a Justiça foi feita, mas que a pena de Gaievski poderia ser ainda maior, caso muitas vítimas não desistissem de manter as denúncias.
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“Algumas vítimas vão pegando uma idade, casam e se sentem envergonhadas de levar o processo para frente”, diz Natalício Farias. “Por isso a importância de se denunciar com mais rapidez esses casos de estupro, para que os processos não se prolonguem e não se percam no tempo”.
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Foto: reprodução/Facebook.