Pérola Byington e 40 Dias pela Vida: entrevista com coordenador do grupo

Pérola Byington e 40 Dias pela Vida: entrevista com coordenador do grupo

40 Dias Pela Vida é um movimento mundial, retratado no filme "40 dias - O Milagre da Vida", que conta a história de Abby Johnson, ex-diretora da empresa de abortos Planned Parenthood e atual ativista pró-vida.

Por Mari Gatti em 12/10/2021

40 Dias pela Vida é um movimento mundial, retratado inclusive no filme Unplanned (40 dias – O Milagre da Vida), que conta a história de Abby Johnson, ex-diretora da empresa de abortos Planned Parenthood e atual ativista pró-vida. Entrevistamos um de seus coordenadores voluntários, em vigília realizada próxima ao Hospital Pérola Byington.

Existem países cuja constituição não reconhece o direito a vida do bebê até um dia antes de seu nascimento e, em resposta a isso, a ideia é sensibilizar as pessoas para a existência da alma e orar para que Deus conforte, auxilie e dê sabedoria aos médicos e às mães que procuram ajuda.

A maioria são católicos, mas também há espíritas e evangélicos participando.

Há algumas semanas, um repórter da IstoÉ foi até as proximidades do Hospital Pérola Byington e entrevistou Ricardo Gomes da Silva, coordenador voluntário do 40 Dias pela Vida. Ricardo respondeu prontamente todas as perguntas, entretanto a reportagem realizada pela IstoÉ simplesmente desprezou as respostas dadas.

Pró-vida: veja abaixo as perguntas feitas e as respostas dadas pelo coordenador do grupo pro-vida próximo ao Hospital Pérola Byington.

1. Qual é o nome do grupo de vocês?

40 dias pela vida não é um grupo, é uma proposta de vigília aberta a todos os que entendem e querem defender a dignidade humana desde a concepção.

2. Como vocês se denominam?

A vigília é denominada como um movimento pacífico de mobilização social, de educação e suporte sobre a proteção da vida no ventre materno.

3. Quantas pessoas participam?

No mundo são um milhão de voluntários. Estamos em 8.028 locais diferentes em vigília. Aqui no Brasil em 4 capitais.

4. Por qual corrente religiosa vocês são influenciados?

O 40 Dias pela Vida tem participação de várias denominações de igrejas, todas contrárias ao aborto são bem-vindas. É uma vigília supra religiosa e supra partidária.

5. O Pró-vida é vinculado a algum partido político?

Jamais. A regra da vigília é ser supra partidária e receber todos que lutam pela dignidade humana e seu direito à vida desde a concepção.

6. Quais são as pautas que defendidas pelo grupo?

A defesa da vida e da dignidade humana desde a concepção. Oferecer por meio da orientação outra escolha às mulheres que estão em crise na gestação. Dar apoio aos profissionais que se sentem moralmente assediados por uma cultura antinatalista e abortista.

7. Vocês desenvolvem eventos?

As vigílias, duas vezes ao ano.

8. O  grupo é contra a legislação que defende o aborto em três situações?

O grupo é a favor da defesa da vida em todas as situações, oferecendo à mulher o direito de conhecer a verdade sobre riscos e a possibilidade de outras opções diferentes do aborto. Vale ressaltar que não há legislação no Brasil que defenda o aborto, ele continua sendo crime em qualquer caso. O que há, na verdade, é um excludente de punibilidade. Nos casos de estupro ou risco de vida para a mãe, ele se torna inimputável, ou seja, o médico e a mãe que cometem este crime não são punidos pela lei.

9. Por que vocês são contra o aborto?

Porque qualquer outro direito vem após o primeiro: o direito à vida! Sem este que é a premissa de todos os outros, já não se luta mais por uma sociedade justa. E também porque o aborto é um crime que ofende diretamente a Deus, e nós, como cristãos, jamais devemos apoiar este crime funesto.

10. Qual é a analise do grupo a respeito do pessoal que está do outro lado da Praça?

Ficamos chateados ao ver que dizem defender a mulher, porém usam falácias que, na verdade, a escravizam mais. Ter exposto fotos do corpo como objeto, por exemplo, só deprecia mais a dignidade da mulher. Rezamos diariamente pela conversão dessas pessoas que estão presas na ignorância.

11. Vocês já conversaram com os médicos que trabalham no hospital?

Em outras edições, sim, com diversos profissionais da saúde que lá trabalham, inclusive com alguns pró-vida do próprio hospital. Neste ano de 2021, ainda não. Vale ressaltar que nosso movimento não é contra o Hospital, como se tem dito na mídia, mas contra a cultura da morte. E tampouco somos contrários às mulheres. Somos os que mais defendem as mulheres porque somos contrários a essa crueldade feita às mães e aos seus bebês. Mais de 50% das vidas abortadas são de meninas.


Foto: Omar Lopez.