Onda de intolerância: esquerda contra os censores de esquerda

Onda de intolerância: esquerda contra os censores de esquerda

A onda de intolerância por parte do ativismo de esquerda norte-americano em relação a ideias discordantes foi tema de carta aberta nos EUA.

Por Redação em 26/09/2020

A crescente onda de intolerância por parte do ativismo de esquerda norte-americano em relação a ideias discordantes foi o tema central da carta aberta assinada por mais de 150 personalidades nos Estados Unidos.

A esquerda, reconhecida por atos de intolerância, está justamente agora questionando ações que considera intolerantes.

Apesar disso, entre as assinaturas estão as de escritores, acadêmicos e intelectuais como Noam Chomsky, Salman Rushdie, Gloria Steinem, Margaret Atwood e Martin Amis, todos reconhecidos esquerdistas.

De acordo com o Jornal El País, eles consideraram que isso afeta os ambientes acadêmicos e culturais.

Desta forma, havendo acusação e boicote, além de “punições desproporcionais” e uma consequente “aversão ao risco”.

Outra consideração do grupo está relacionada a autocensura que empobrece o debate público.

“Devemos preservar a possibilidade de discordar de boa fé, sem consequências profissionais funestas”, destacam.

Por outro lado, texto publicado na revista Harper’s glorifica os protestos violentos pela justiça racial social, da mesma forma que pede por mais igualdade e inclusão.

Apesar disso, alerta que esse enquadramento também enfraqueceu as tradicionais normas de debate aberto e de tolerância às diferenças, ou seja, a onda de intolerância está por todos os lados.

A onda de intolerância e a cultura do cancelamento

A carta aberta trata de uma espécie de polêmica candente nos Estados Unidos, que alimenta alguns excessos em busca de silenciar qualquer desacordo. Em outras palavras, é a chamada cultura do cancelamento.

Assim como faz “referência aos vetos e às acusações contra criadores ou professores por qualquer desvio da norma; ou woke culture, que se refere a uma atitude de alerta permanente”.

De acordo com a publicação, “a livre troca de informações e ideias, a força vital de uma sociedade liberal, está se tornando cada vez mais limitada. Era algo esperado por parte da direita radical, mas a atitude censora está se expandindo em nossa cultura”.

Outra citação na carta se refere aos responsáveis por instituições que estão aplicando punições duras e desproporcionais no lugar de reformas ponderadas.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.


Foto: Ferdinand Stöhr.