Óleo de tomilho é usado contra a dengue

Óleo de tomilho é usado contra a dengue

Óleo de tomilho está sendo usado contra a dengue, febre amarela, zika vírus e chikungunya, por matar larvas do mosquito transmissor.

Por Redação em 13/06/2021

O óleo natural de tomilho também possui propriedades que podem auxiliar na guerra contra a dengue. Essa é a aposta da Prefeitura de Adamantina (SP), que recentemente adquiriu 500 quilos de partículas encapsuladas com o óleo de tomilho, capazes de eliminar, em até 48 horas, 100% das larvas do Aedes aegypti.

“A ideia é que essas partículas sejam distribuídas de casa em casa, com o auxílio de nossos agentes comunitários de saúde, de modo que todos os quintais de Adamantina estejam preparados para enfrentar o mosquito Aedes aegypti”, conta Gustavo Taniguchi Rufino, Secretário de Saúde do município e responsável pelo licenciamento da tecnologia.

A pesquisadora Ana Silvia Prata, da Unicamp, explica que através de um estudo sistemático de formulações foi possível obter partículas que se comportam de forma semelhante aos ovos depositados pela fêmea do Aedes aegypti. Do mesmo modo que os ovos, as partículas apenas entram em ação após o contato com a água. A partir desse contato, o ovo entra em incubação para originar a larva, o que ocorre em cerca de três dias. “Esse é justamente o tempo que as partículas levam para liberar a quantidade de composto ativo necessária para eliminar as larvas do mosquito, ou seja, as partículas conseguem mimetizar o ciclo do ovo” relata Prata.

Adamantina está usando óleo de tomilho para combater a dengue

Com uma população de cerca de 35 mil habitantes, Adamantina sofreu com números elevados nos casos de dengue nos anos anteriores. Foram mais de 2.700 casos em 2019.

O Secretário de Saúde da cidade conta que foi por meio de uma reportagem que soube da pesquisa com o óleo de tomilho e, imediatamente, procurou entrar em contato com a pesquisadora responsável para saber mais detalhes sobre o projeto. “Ao conhecer as características do produto, em especial a segurança que oferece, tanto para quem vai manusear como para o meio ambiente, nós nos decidimos pelo licenciamento, que foi realizado por intermédio da Agência de Inovação Inova Unicamp”, explica Rufino.

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Foto: reprodução/Facebook.