O vírus chinês não trouxe somente a pandemia da Covid-19, mas também o aumento na violência contra a mulher.
O isolamento social adotado em muitas cidades brasileiras devido a pandemia provocada pelo vírus chinês, manteve famílias inteiras em casa durante algum tempo. O cenário de quarentena e prevenção se tornou também assustador, pois o confinamento fez com que famílias inteiras ficassem em casa ao mesmo tempo. E o diagnóstico se estendeu também para o aumento da violência contra a mulher.
De acordo com Luana Cassante Marchi, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, o confinamento, aliado a situação de estresse em decorrência de desemprego, problemas econômicos e instabilidades causados pela pandemia, influenciam o desencadeamento, em uma pessoa, de uma violência pré-existente. “Assim, isto acarretou o aumento do número de violência doméstica e familiar contra a mulher em todo o mundo, já que as mulheres estão confinadas com seus agressores e, ainda, estão mais distantes de seus ciclos sociais”, afirmou a advogada em artigo publicado no Jornal de Campinas.
Segundo o artigo, inúmeros países registraram aumento da violência contra a mulher, inclusive, o Brasil. Em São Paulo, estima-se aumento de aproximadamente 50% dos casos durante a pandemia.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) define violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou em qualquer relação íntima de afeto. “Assim, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a violência doméstica e familiar vai muito além da situação do marido que bate na esposa, abrangendo outras formas de violência e outros vínculos”, explicou.
Confira o artigo de Luana Cassante Marchi na íntegra.
Campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica
A Associação dos Magistrados Brasileiros e o Conselho Nacional de Justiça, em parceria com diversas entidades, lançaram a Campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica, que permite que as vítimas façam denúncias de forma silenciosa e discreta.
Para fazer a denúncia por meio da campanha, a mulher deve desenhar um “X” vermelho na mão e exibi-lo ao funcionário de alguma farmácia. A partir disto, os profissionais do estabelecimento acionam a polícia para atendimento da mulher que pode esperar no local ou as autoridades podem comparecer à sua residência.
Em caso de emergência, entre em contato:
Leia também
Delegacia Eletrônica: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao
Web Denúncia: https://app.webdenuncia.org.br
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher Atendimento 24 horas.
Disque 153 – Guarda Municipal.
Aplicativo SOS Mulher: é um aplicativo exclusivo para quem possui a medida protetiva, que notifica as viaturas mais próximas de que a medida está sendo desrespeitada.
Aplicativo Direitos Humanos Brasil.
Leia também: “Carta de Mulheres” do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo): portal on-line com o objetivo de ligar vítimas de violência a uma equipe especializada para dar apoio.
Foto: Melanie Wasser.