O futuro da venda de dados é owned media

O futuro da venda de dados é owned media

Owned media: uma forma de você ser dono dos seus dados, dos dados dos seus clientes e correr menos riscos se for "zucado" nas redes sociais.

Por Redação em 07/09/2021

Owned media (mídias próprias), definitivamente, são o futuro. Para quem não sabe, owned media são aquelas que você ou sua empresa controla cem por cento (como o website da empresa).

Redes sociais, como o Facebook, não são exatamente owned media. Aliás, o Facebook anunciou recentemente que está construindo sua própria plataforma de blog: e produtores de conteúdo poderão conectar seus textos com suas páginas na rede social.

É uma jogada inteligente. Produtores de conteúdo não terão a necessidade, por exemplo, de transferir suas listas de e-mail ou ensinar seus fãs a segui-los para uma plataforma diferente.

Os riscos de pegar emprestada uma plataforma e o lado positivo de uma owned media

Muitas pequenas empresas que não tem uma plataforma própria, não percebem que não são donas do público que atraem, dos dados que produzem e, em alguns casos, nem do conteúdo que postam.

Isso se tornou cada vez mais aparente à medida que usuários de mídia social relatam terem sido banidos do Instagram, TikTok e outros grandes sites de mídia social.

Além do mais, as pessoas estão preocupadas com a forma como as big techs usam os dados que coletam, o que tem levado várias empresas a adotar maiores controles de privacidade.

Owned media tem sido o padrão-ouro de marketing há muito tempo. A mídia social é ótima para pequenas empresas que lutam para fazer seu site ou aplicativo competir com os grandes jogadores, mas, em última análise, o boletim informativo por e-mail da empresa é o que dá as maiores taxas de conversão. Além disso, ao usar uma plataforma de e-mail como o MailChimp, você consegue manter seus dados.

O futuro da mídia social é semi-owned

Será interessante ver o que o Facebook, Twitter e outros fazem com as ferramentas de boletim informativo que criaram.

Atualmente, a Substack ganha dinheiro pegando uma parte do preço da assinatura de escritores e criadores. Se você escreve no Substack, você possui tanto sua lista de e-mail quanto seu conteúdo: e pode levar tudo isso com você se for a outro boletim informativo ou plataforma de blog.

O mesmo vale para LetterDrop, MemberSpace e outros serviços semelhantes. O que eu presumo é que (considerando sua longa história de coletar informações para depois vendê-las para profissionais de marketing, data mills e outros) o Facebook coletará as listas de e-mail, os dados do leitor, os dados do escritor e o comportamento do leitor eventualmente os empacotará para vender como outro produto de dados.

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Foto: Alexander Shatov.