O agro ganha mais inteligência

O agro ganha mais inteligência

O agro ganha mais inteligência com o uso de equipamentos para planejar e monitorar atividades no campo.

Por Redação em 15/07/2020

É fato: o agro ganha mais inteligência com o uso de equipamentos para planejar e monitorar atividades no campo.

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos e commodities agrícolas do mundo. O Ministério da Agricultura e a Embrapa estimam a expansão de 13,63% em grandes lavouras, tendo como base os anos 2018/2019 a 2028/2029. O agro ganha mais inteligência e os índices passarão de 75,4 milhões de hectares para 85,68 milhões no período analisado.

A chegada da tecnologia no campo está cada vez mais em evidência e prova disso é o uso de drones para monitoramento de área de plantação, máquinas e equipamentos conectados, tecnologia embarcada, softwares de controle e muitas outras tecnologias de ponta que auxiliam o produtor rural no aumento da produtividade e, consequentemente, da rentabilidade no agro brasileiro.

Sérgio Barbosa, gerente-executivo da EsalqTec, braço de inovação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), explica que em termos de inovação o setor agropecuário avançou mais nos últimos 5 anos do que a Indústria 4.0. “Seguindo o mesmo conceito da quarta onda tecnológica, baseada em sistemas integrados desde a captação dos dados, via sensores e outros dispositivos, o armazenamento em nuvem, o processamento e análise dessas informações para, assim, permitir uma tomada de decisão mais rápida e assertiva”, comenta.

Segundo ele, a agricultura de precisão está presente em 1/3 da área agrícola. “Para se ter uma ideia, em termos tecnológicos, o estado do Mato Grosso não fica nada a dever aos lugares mais eficientes e inovadores do mundo”, exemplifica. Ele acredita que a agropecuária brasileira só não avança mais por conta de impeditivos também existentes em outros países, como a plena conectividade nas áreas rurais.

Novos tempos

Para Sérgio Barbosa, a agropecuária brasileira está no páreo com a agropecuária mundial, pois hoje ela é praticamente toda mecanizada, com sistemas que trabalham de forma coordenada no campo e nas sedes das fazendas.

“Esse é o nosso diferencial. Para garantir a adaptação de lavouras ao clima tropical e incentivar o crescimento de outras culturas, geramos ao longo dos anos um material rico em informações”.

Para Silvia Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática (unidade Campinas), o avanço da tecnologia no campo é extremamente importante. “Há uma combinação de recursos de biotecnologia e nanotecnologia. E a um universo de aplicações que vão desde o antes até o depois da porteira”, completa.

Pandemia

Jorge Adriano Fontes de Almeida Filho, Business Intelligence da wconnect Tecnologia, a pandemia pode ser uma grande vilã para os pequenos produtores. Segundo ele, todos devem ter capacidade técnica no agronegócio, por se tratar de uma excelente alternativa para otimização de processos no campo. “Todos os setores devem buscar uma adaptação clara a este momento delicado. E a primeira deve ser interna, ajustando processos, investindo em pessoas e reduzindo custos. Ferramentas como a inteligência de crédito podem ajudar muito, reduzindo riscos. Uma delas é a VADU, para análise de crédito B2B (para empresas), que tem ajudado muito em diversos setores.”


Foto: Ricardo Gomez Angel.