Moradores expulsam invasores do MTST de propriedade em Montes Claros (MG)

Moradores expulsam invasores do MTST de propriedade em Montes Claros (MG)

Produtores rurais e empresários da região desmontaram o acampamento construído pelos militantes.

Por Redação em 19/05/2022

Moradores expulsam invadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de uma propriedade de pequeno porte localizada em Montes Claros (MG).

Na madrugada da sexta-feira 13, aproximadamente 30 militantes invadiram o local e montaram um acampamento, se aproveitando do fato de que o o proprietário não estava presente em seu terreno no momento.

Dezenas de barracas foram construídas, pequenas cozinhas foram improvisadas.

Halex Athayde, o dono da propriedade, chegou ao local na manhã de sábado (14/05/2022) e pediu apoio de civis, empresários e produtores rurais do município. Aproximadamente cem moradores se reuniram para tentar negociar com os representantes estaduais do movimento a saída dos invasores, mas não houve acordo.

Como resultado, o proprietário fechou todas as entradas e as saídas do terreno. Ninguém sairia do local. A conversa voltaria a ocorrer no domingo, dia 15.

Os mesmos empresários e produtores rurais voltaram ao terreno e solicitaram pacificamente a retirada dos invasores. Os coordenadores estaduais do MTST, Jairo dos Santos Pereira e Marcia Melo, disse que eles “deveriam procurar a justiça e pedir reintegração de posse”.

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“Esse pessoal é bem orientado”, observou a advogada e pré-candidata a deputada federal Aline Bastos, que estava no local prestando assessoria jurídica a Athayde. “Eles conseguiram recrutar crianças, grávidas e deficientes mentais.”

A tática é a seguinte: o MTST alicia os pobres e miseráveis e lhes promete uma casa própria. Sem alternativas, as pessoas carentes aceitam a oferta.

Marilena de Souza é uma das aliciadas. Ela foi cooptada pelos coordenadores estaduais do movimento, mas não sabia que a proposta envolvia a invasão de uma propriedade privada. “Eles disseram que haviam recebido um terreno”, explicou. “Trabalho como faxineira três dias por semana, com salário diário de R$ 100. Como não iria me interessar pela oferta?”

Carlos Marques também participou da invasão. Ele disse que aceitou a proposta porque queria deixar de pagar aluguel. “Os coordenadores nos prometeram um terreno próprio”, revelou. Além de moradia, o MTST ofereceu um punhado de arroz e feijão àqueles que topassem ocupar a propriedade de Athayde.

Os entrevistados tiveram seus nomes alterados.

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Boulos entra em cena

Assim que os moradores do município chegaram ao terreno de Athayde e pediram a saída dos invasores, Guilherme Boulos usou as redes sociais para dizer que jagunços estariam na iminência de cometer um massacre contra as famílias instaladas no local.

Postagem de Boulos no Twitter

Na sequência, os líderes estaduais do movimento acionaram a Polícia Militar. “A PM intermediou o conflito existente entre as partes, apaziguou os ânimos e orientou sobre as medidas legais cabíveis à situação”, informou a corporação, em nota.

Não houve registro de agressões nem de massacres.

Halex Athayde reassumiu o controle do terreno na tarde do domingo, 15/05/2022.

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Foto: reprodução/YouTube