Ivermectina tem ação “antiviral” contra Ômicron, diz farmacêutica do Japão

Ivermectina tem ação “antiviral” contra Ômicron, diz farmacêutica do Japão

Estudos feitos em parceria entre a farmacêutica japonesa Kowa e a Universidade Kitasato indicam que a Ivermectiva tem efeito antiviral.

Por Mari Gatti em 07/02/2022

Segundo a farmacêutica Kowa, localizada no Japão, a Ivermectina tem ação antiviral contra a Ômicron.

A empresa farmacêutica japonesa Kowa informou nesta segunda-feira, 31, que a Ivermectina apresentou reação antiviral contra a variante Ômicron do novo coronavírus.

Você pode ver informativo, que foi publicada no dia 31/01/2022, clicando aqui. Ele é fruto de um ensaio não clínico (quando não envolve testes em humanos) feito por meio de uma parceria da Kowa com a Universidade de Kitasato, com sede em Tóquio.

O teste do medicamento para validar o tratamento em humanos ainda está em andamento.

Até o momento, nenhuma agência sanitária recomendou o uso do medicamento para tratar a covid-19. Contudo, estudos revelaram que o fármaco age impedindo que o vírus se ligue às células, de acordo com a biomédica Rute Alves Pereira e Costa.

Rute é mestre em fisiopatologia médica e doutora em ciências pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com pós-doutorado pela Harvard Medical School. Ela afirma ainda que o processo é o mesmo do Paxlovid, produto desenvolvido pela Pfizer para tratar a covid-19 nas fases iniciais da contaminação pelo novo coronavírus.

“Um dos principais mecanismos de ação da ivermectina é impedir que o vírus se ligue à célula na região viral 3CLpro, do mesmo jeito que o Paxlovid, da Pfizer, se propõe a fazer”, explicou. “Ou seja: Paxlovid e ivermectina agem na mesma região do vírus.”

Veja abaixo a tradução do comunicado oficial feito pela farmacêutica do Japão Kowa a respeito da ação da Ivermectina

Ivermectina: Efeito antiviral confirmado na “variante Omicron”

Para todos.

Kowa Co., Ltd. (doravante denominada “Kowa”). Pesquisa conjunta (estudo não clínico) com a Universidade Kitasato sobre o medicamento experimental “Ivermectina” usado em ensaios clínicos de Fase III (código de desenvolvimento: K-237) para o tratamento de novas infecções por coronavírus (SARS-CoV-2) confirmaram que na cepa Omicron ocorre o mesmo efeito antiviral que em cepas mutantes existente (cepas alfa beta gama delta).

Como Kowa anunciou em julho de 2021, Kowa solicitou diretamente o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina Satoshi Omura, professor honorário especial da universidade Kitasato, para realizar um ensaio clínico de Ivermectina como agente terapêutico para novas infecções por coronavírus. Acreditamos que é missão das empresas farmacêuticas contribuir para o tratamento de novas infecções por coronavírus e proteger a saúde das pessoas, e realizar ensaios clínicos para confirmar a eficácia e segurança da Ivermectina contra novas infecções por coronavírus.

A Ivermectina é distribuída pela OMS em áreas infectadas há mais de 30 anos como tratamento para infecções parasitárias. Especialmente em alguns países africanos, foi confirmado que é seguro o suficiente para que os voluntários distribuam diretamente às pessoas. Além disso, foi relatado que a Ivermectina suprime a invasão do SARS-CoV-2 nas células e inibe a replicação, e espera-se que seja aplicada como um novo medicamento terapêutico para infecção por coronavírus (comprimido) para reposicionamento de medicamentos. Neste ensaio clínico, a eficácia e segurança estão sendo confirmadas no ensaio clínico, embora a dosagem e administração sejam diferentes das já aprovadas para o tratamento de infecções parasitárias.

Kowa contribuirá para o tratamento de novas infecções por coronavírus, confirmando o efeito clínico da Ivermectina no SARS-CoV-2 e fornecendo-o ao público o mais rápido possível.

No exterior, foi relatado que os pacientes usam Ivermectina de alto teor para animais, o que é perigoso para os seres humanos, e ocorrem eventos prejudiciais. Estamos realizando ensaios clínicos de Ivermectina de acordo com os rígidos padrões estabelecidos pela GCP (Boas Práticas Clínicas).

* Mari Gatti, escritora.


Foto: Reprodução/Kowa