Instituição de pagamentos: como abrir a sua?

Instituição de pagamentos: como abrir a sua?

Se sua empresa possui médio ou grande ecossistema de fornecedores e clientes, você pode ter um Banco Digital ou Instituição de Pagamentos.

Por Redação em 30/03/2021

Se sua empresa possui um médio ou grande ecossistema de fornecedores e clientes, você tem todas as características para tornar-se um Banco Digital ou IP – Instituição de Pagamentos. A afirmação é de Valencio Garcia, CSO da iOpera.

Ele explica que, nos dias de hoje, uma empresa gasta em média de 0,8 a 4,7% do seu faturamento com taxas e tarifas bancárias, por isso torna-se muito mais interessante para a empresa criar seu próprio banco digital.

“Se a empresa lança um produto que a atenda e que gere essa economia para a própria empresa, isso vai beneficiar a própria empresa e pode beneficiar funcionários e todo seu ecossistema”, explica.

E, na prática, isso é bastante simples.

A empresa terá controle sobre as operações de compra e venda, consequentemente, poderá utilizar seu fluxo de caixa para financiar e alavancar mais seus clientes (vendendo muito mais) e seus fornecedores (comprando mais deles), obviamente fornecendo crédito a taxas menores que as praticadas pelos grandes bancos e ganhando todo esse delta dessas operações financeiras.

Hoje a legislação brasileira permite que toda empresa que fature mais de R$100 milhões, e que tenha um ecossistema consolidado de fornecedores e clientes, possa abrir o próprio banco digital.

Normativas

Para criar um Banco Digital ou uma Instituição de Pagamentos, é preciso estar alinhado com as normativas do BACEN – Banco Central.

Dessa forma, a wConnect, sediada em São Paulo, viabiliza a implementação desde o início até a entrega final dessa nova empresa financeira.

Em outras palavras, a wconnect analisa o caso, desenvolve o projeto, e coloca-o em prática, desde a etapa inicial da burocracia e toda papelada, passando pela etapa de tecnologia, regras de negócio do que se espera dessa nova empresa, até o pessoal técnico operacional que irá manter funcionando essa nova empresa.

Ou seja, a wConnect entrega a sua instituição de pagamentos funcionando com todas as funcionalidades de um banco.

Mas, para que isso seja viabilizado, é obrigatório que isso aconteça dentro de um ecossistema comercial já suficiente para obter um ROI (Return of Investment) no primeiro ano de operação.

Por que devemos pensar em montar nosso próprio banco digital ou uma instituição de pagamentos?

Montar um banco, há dez anos atrás, exigia um montante de R$100 milhões em tecnologia e infraestrutura, além de capital e caixa para 500 milhões de movimentação.

Há uns 5 anos atrás, esse investimento já caia para uns R$50 milhões em infraestrutura e tecnologia.

Hoje em dia, com as novas leis publicadas pelo Banco Central e os adventos dos novos lançamentos da tecnologia, tornou-se possível abrir um banco digital com aproximadamente R$2 milhões, e isso partindo da sua própria empresa, o que consequentemente ajudando seu ecossistema, fazendo com que todos ganhem.

“Os bancos digitais estão conquistando o Brasil. Eles vieram para facilitar a vida dos clientes. Com alta tecnologia, os bancos digitais deixam de lado as filas e toda a burocracia. Por isso há muito espaço e oportunidades utilizando-se tecnologia para montar um banco digital e prosperar vendendo o produto mais desejado no mundo: dinheiro”, aponta Valencio Garcia.

Coisas que você precisa saber sobre os bancos digitais e sobre as Instituições de Pagamentos

1 – Ir à agência bancária não faz mais sentido, tampouco é necessário. Quem não utiliza o Internet Banking, opta pelos aplicativos.

2 – Banco digital é diferente de banco digitalizado: assim, plataformas digitais e canais interativos não são suficientes para converter uma instituição financeira em banco virtual. É preciso atender a requisitos específicos, como por exemplo, oferecer um serviço que dispense totalmente a presença do cliente na agência bancária. Do contrário, trata-se apenas de um banco digitalizado, e não de um banco digital.

3 – Bancos digitais promovem a inclusão bancária: segundo o IBGE, 55 milhões de brasileiros ainda não têm conta em banco, nem mesmo poupança. Com uma proposta mais prática e acessível, esses negócios podem promover a inclusão bancária, viabilizando a utilização simplificada do dinheiro, o controle dos rendimentos, a poupança e até fazer investimentos.

4 – Bancos tradicionais estão investindo cada vez mais em serviços digitais: sabe-se que os bancos tradicionais estão investindo cada vez mais em inovação, pois já perceberam que a transformação do sistema financeiro é inevitável. A Pesquisa de Tecnologia Bancária 2018, da Febraban, revela que em 2017 o setor financeiro investiu R$ 19,5 bilhões em tecnologia. Com a revolução do setor financeiro, instituições bancárias convencionais estão criando seus próprios bancos digitais. Em 2017, por exemplo, o Banco do Brasil lançou o BB Digital e o Bradesco, o Next. Ambas são iniciativas que se enquadram no conceito de banco digital.

5 – Bancos digitais já têm milhões de clientes: apesar de ser bastante recente, o número de clientes dos bancos digitais já cresceu bastante. A exemplo Banco Original, criado em 2008 como Banco JBS. Em 2016, o Original lançou as operações como banco digital. Outra instituição que se destaca pelo número de clientes é o Banco Inter. Depois de atuar por 23 anos como Intermedium, mudou de nome em 2017 e lançou ações na bolsa de valores em abril de 2018, tornando-se a primeira fintech listada na bolsa de valores brasileira, a B3.

Em suma, abrir um banco digital é uma excelente alternativa para empresas que faturam mais de R$100 milhões, e que contam com um ecossistema consolidado de fornecedores e clientes.

Para saber mais sobre o desenvolvimento de projetos de criação de bancos digitais, clique aqui.


Foto: CardMapr.nl.