Honduras proíbe aborto e dá plenos direitos aos bebês não nascidos

Honduras proíbe aborto e dá plenos direitos aos bebês não nascidos

Honduras proibe aborto e dá ao nascituro os mesmos direitos que os nascidos. Confira as reações ao fato e os interesses em jogo.

Por Redação em 01/02/2021

Em 28 de janeiro, o Congresso Nacional de Honduras  proibiu o aborto. Em suma, os nascituros têm os mesmos direitos básicos dos já nascidos.

Depois da alteração, o artigo 67 da Constituição passa a estabelecer:

“O nascituro será considerado nascido para todos os direitos reconhecidos dentro dos limites da lei. É proibido e ilegal para a mãe ou terceiro praticar qualquer forma de interrupção da vida do nascituro, cuja vida deve ser respeitada desde a concepção ”.

Artigo 67 da Constituição de Honduras

Mario Pérez, o legislador que propôs a medida, disse à mídia local: “Todos os seres humanos têm direito à vida desde o momento da concepção”.

Reações ao fato de que Honduras proibiu o aborto e seus motivos

Grupos pró-vida em todo o mundo elogiaram a emenda. Entretanto, organizações feministas e grupos pró-aborto, como a Oxfam, a criticaram duramente.

Em suma, dois grandes grupos se manifestaram. Um deles é a favor de tentar dizer quando a vida de outro ser humano começa e legalizar a morte dele com base nisso.

O outro, afirma que não podemos julgar quando a vida de outro ser humano começa e que ela é sagrada. Acima de tudo, precisamos lembrar que esse debate não é apenas ético, filosófico ou até religioso: ele é também financeiro.

Existem empresas que lucram vários bilhões de dólares por ano com isso.

Não surpreendentemente, as Nações Unidas e o Parlamento Europeu, que  tem adotado medidas progressistas mais radicais a favor do aborto nos últimos anos, criticaram Honduras.

“Constitui uma medida regressiva contrária às obrigações internacionais do Estado de evitar medidas que restrinjam ou prejudiquem o progresso em direção à plena realização dos direitos humanos”, afirmou o Parlamento Europeu.

Newton diria que toda ação gera uma reação igual e oposta

A revista The Lancet disse que a medida “gerou temores” entre os especialistas em saúde reprodutiva de que os governos conservadores em outros países da região possam tentar algo semelhante após a “legalização do aborto eletivo na Argentina” em dezembro de 2020.

Os “temores” fazem sentido.

Ora, a França, por exemplo, tornou legal o “aborto” até mesmo de bebês no nono mês de gestação, conforme publicamos no altavista.news. Tal conduta, inegavelmente, choca os conservadores e até não conservadores, uma vez que envolve danificar com uma agulha o cérebro de um bebê e induzir o parto de uma criança morta que não teve nenhuma chance de defesa.

Ou seja, é natural que um movimento muito forte (e até grotesco) na direção do aborto aumente o estado de alerta do movimento contrário.

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Foto: Humphrey Muleba.