A hidroxicloroquina é usada há mais de 70 anos para o tratamento de doenças reumáticas e autoimunes, bem como largamente utilizada para o tratamento da malária.
Eu, pessoalmente, tomo para uma doença autoimune chamada trombofilia, que produz na corrente sanguínea, os mesmos trombos que aparecem nos quadros agudos e graves da Covid-19.
Na pandemia da Covid-19, estamos diante de uma doença que, por experiências clínicas, no sufoco, mostra a cloroquina como uma alternativa possível para tratamento precoce, evitando os enormes custos de internação e eventuais óbitos nos casos graves.
Ora, contra todos os argumentos que vêm sendo repetidamente apresentados, se uma pessoa é acometida de gripe, ela toma remédios para alívio dos sintomas. Não porque a gripe possa evoluir para uma pneumonia. Na maioria dos casos não vai evoluir. Mas ao tomar, o doente alivia os sintomas, e pra todos os efeitos, evita os riscos, mesmo que mínimos, de uma pneumonia.
No caso da Covid-19, mais indicado ainda. A maioria dos casos não vai evoluir para algo grave. Mas se evoluir, os custos de tratamento e internação e mais o custo de uma vida, justificam amplamente o seu uso.
Baixo custo e amplamente conhecidos efeitos colaterais
Além de tudo, a hidroxicloroquina é barata, e os efeitos colaterais são muito parecidos com os que se encontram descritos na bula de um dos mais conhecidos analgésicos: o Dorflex.
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Quanto aos argumentos de não se proceder aos protocolos habituais da ciência para se ter certeza de sua eficácia e dos riscos, estes são aplicáveis e devem continuar sendo seguidos.
Mas uma coisa não exclui a outra. Em campos de guerra, as cirurgias, em condições extremas, quando a escolha era entre viver ou morrer, eram feitas eventualmente a sangue frio, sem disponibilidade de anestesia e antibióticos.
Na verdade, ao custo de muitas vidas, a escolha hoje é entre o excesso de escrúpulos da ciência de laboratório, em detrimento do valor inegável das experiências clínicas.
Em circunstâncias assim dramáticas, que o digam nossos profissionais da saúde, é quando a voz da ciência precisa ser, quem sabe, superada por outra: a da sabedoria.
Foto: Hush Naidoo.