A hidroxicloroquina, HCQ, e outros medicamentos tem sido usados na Índia. Em 9 de julho de 2020, Dharavi, a maior e mais densa favela da Ásia, chocou o mundo ao anunciar apenas um novo caso de Covid-19.
Dharavi abriga cerca de 650 mil pessoas amontoadas em 2,5 quilômetros quadrados. À título de comparação, a cidade de Nova York tem apenas cerca de 95.605 habitantes em 2,5 quilômetros quadrados.
A Índia temia o pior quando um surto de Covid-19 foi relatado em Dharavi. Poderia ter se tornado a maior zona de desastre do vírus chinês no mundo. E após esta recuperação surpreendente, até a Organização Mundial da Saúde elogiou Dharavi.
Policiais atribuíram o resultado positivo à “uma combinação de hidroxicloroquina, vitamina D e tabletes de zinco juntamente com outras medidas homeopáticas”.
HCQ na Índia
A hidroxicloroquina, HCQ, tem sido amplamente utilizada na Índia para tratar Covid-19 em estágio inicial. Também é prescrita como medida de profilaxia entre aqueles que entraram em contato com pessoas com teste positivo. A força-tarefa oficial Covid-19 do governo, o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), o recomenda para pessoas de alto risco, como médicos.
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As diretrizes do ICMR recomendam o uso profilático de HCQ para as seguintes categorias:
- “Todos os trabalhadores de saúde assintomáticos envolvidos na contenção e tratamento de Covid-19 e trabalhadores de saúde assintomáticos que trabalham em hospitais que não tratam Covid-19 e áreas hospitalares não relacionadas ao tratamento de Covid.”
- “Trabalhadores da linha de frente sintomáticos, como trabalhadores de vigilância destacados em zonas de contenção e pessoal paramilitar/policial envolvido em atividades relacionadas ao Covid-19.”
- “Pessoas que residem com sintomáticos confirmados em laboratório.”
HCQ não foi aceita por todos no início
Nem todos concordam com o uso da hidroxicloroquina. Quando os médicos começaram a usá-la em Dharavi, pessoas contrárias abordaram o tribunal superior de Bombaim. Mas o tribunal decidiu a favor da HCQ.
“Ora, em um determinado caso, se cumprir a lei stricto sensu e aguardar o ensaio clínico de um medicamento resultaria na perda de um tempo valioso para salvar um paciente e a escolha é entre o diabo e o fundo do mar, ou seja, nenhuma outra droga, exceto do tipo da hidroxicloroquina, embora não clinicamente testada para o tratamento da doença, é a última opção que resta ao médico para salvar a vida de tal paciente, será que o médico deveria cruzar as mãos e deixar o paciente à mercê do Todo-Poderoso com o fundamento de que o medicamento em questão não foi registrado para uso como profilaxia? A resposta, pensamos em sustentar, deve ser negativa.”
Resolução do Tribunal Superior de Bombaim
Reforçamos que a hidroxicloroquina, HCQ, possui efeitos colaterais e deve ser tomada com monitoramento de um médico.
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Foto: Kanishk Saini.