As redes sociais viraram a melhor forma de expressão popular em tempos de pandemia. Alguns dizem que elas geram os melhores encontros, o que é ótimo. Por outro lado, de acordo com Roberto Motta, a internet está cheia de “textão falando mal de alguém”. Você sabia que foi um Republicano, como Trump, quem acabou com a escravidão nos EUA?
Pois bem, vamos aos fatos! Há sim muita gente que mal conhece o básico do Brasil e que de repente, vira analista geopolítico. Em outras palavras, seguindo Motta, “é preciso fazer um detox ideológico nessa turma”, declarou em sua conta no twitter.
Roberto Motta é engenheiro e escritor, e relatou uma parte da história americana em seu perfil na rede social.
Quem acabou com a escravidão nos EUA
Acompanhe a narrativa de Roberto Motta sobre o fato de um republicano ter acabado com a escravidão nos Estados Unidos.
1. Primeiramente é preciso entender que nos Estados Unidos as pessoas de esquerda são chamadas de liberais. Diferentemente do conceito de “liberal” aplicado no Brasil e na Europa, por exemplo.
2. Abraham Lincoln, o maior presidente da história dos Estados Unidos, era do Partido Republicano. Sim, aquele que acabou com a escravidão nos EUA. Em suma, o mesmo partido do atual presidente Donald Trump.
3. A 13ª emenda da Constituição americana, aquela que acabou com a escravidão, foi aprovada em 1865 com 100% de apoio do Partido Republicano. Em contrapartida, teve apenas 23% de apoio do Partido Democrata.
4. Outro ponto importante: a Ku Klux Klan foi criada em 1865 por membros do Partido Democrata do sul dos Estados Unidos, em oposição ao governo Republicano. O principal objetivo: intimidar os negros que tentassem obter poder político.
A história em livros e filmes
5. Woodrow Wilson foi presidente dos EUA de 1913 a 1921 e um dos líderes do Movimento Progressista. Ele era do Partido Democrata, e fã do filme Nasce Uma Nação (The Birth of a Nation), que glorificava a Ku Klux Klan, que foi exibido na Casa Branca.
Antes de tudo, foi durante sua administração que o Bureau do Censo, os Correios e a Casa da Moeda dos EUA começaram a segregar e demitir funcionários negros. Fonte: Thomas Sowell, Intellectuals and Society, p. 399
6. Madison Grant, advogado americano e ativista ambiental, foi líder progressista e amigo de Franklin Roosevelt. Ele escreveu O Fim da Grande Raça (The Passing of The Great Race), livro em que denunciou a perda da hegemonia das raças nórdicas.
O livro de Madison Grant foi traduzido para diversas línguas e publicado em vários países. Logo depois, chegou a Alemanha, onde caiu no gosto de um certo político nacional-socialista. Hitler chamava o livro de sua “bíblia”. Fonte: Thomas Sowell, Intellectuals and Society, p. 387
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7. Os enormes gastos militares do governo americano e seu relacionamento com a indústria bélica (o industrial-military complex) foram primeiro denunciados por Dwight Eisenhower, o 34º Presidente americano. Eisenhower era filiado ao Partido Republicano.
8. Saul Alinsky foi, nos anos 70, o grande teórico das organizações de massa da esquerda nos EUA. Dessa forma, escreveu o livro Regras Para Radicais. Ele orientou portanto os ativistas radicais de esquerda a migrarem para a política tradicional.
Militantes de grupos extremistas como os Weathermen, os Panteras Negras e o Partido Comunista entraram para o Partido Democrata. Foi aí que começou a radicalização política dos Estados Unidos.
As linhas mestras da política progressista dos EUA podem ser encontradas em seu livro. Aliás, um conselho dele: “em política, a única coisa imoral é não usar todos os meios disponíveis para chegar ao poder”. Fonte: Saul Alinsky, Rules for Radicals, p.26
Estados Unidos da América
De acordo com Roberto Motta, os Estados Unidos são a maior nação da Terra, com o melhor padrão de vida do planeta.
“Além disso, as forças armadas americanas são de fato a única barreira efetiva contra o mundo da destruição, do fanatismo religioso e o totalitarismo”, declarou.
Em síntese, e para finalizar a discussão na rede social, Motta citou:
“Yuval Harari, em Homo Deus, explica como o arsenal nuclear americano protegeu o planeta de ser dominado pelo comunismo soviético. Foi graças às bombas atômicas americanas que hippies de todo o mundo puderam fazer protestos e fumar maconha em paz”.
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Foto: Patrick Perkins.