O jornalista e diretor do Estadão, Fernão Lara Mesquita, publicou, ainda em junho de 2020, um artigo criticando fortemente algumas ações do STF – Supremo Tribunal Federal. Com o título “Será que vai ter golpe?”, Mesquita questionou, neste sentido, os posicionamentos tomados pelo tribunal.
De acordo com o artigo, todo mundo tem o direito de desejar o fechamento do Congresso, do Supremo e do que mais quiser, além é claro, de expressar esse desejo. O que realmente está proibido é agir para isso com o uso de força.
“O que está totalmente fora do alcance do portador de cartazes em manifestações ou de quem bate palmas para eles”, diz o artigo.
Golpe?
Segundo Fernão Lara Mesquita, a “censura” começou quando o então presidente do STF, o ministro Dias Toffoli, teria atacado a liberdade de expressão de uma revista que havia publicado alguns possíveis deslizes do STF, ou seja, se é contra eles, vale censurar.
“Desde então, cada ministro ofendido por um pecador de palavras está autorizado a agir para fazer justiça com as próprias mãos, sucessivamente como polícia, como promotor e como juiz da própria causa”, afirmou.
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E com um texto bastante crítico, Fernão Lara Mesquista continuou da mesma forma atacando. Ele disse que não é preciso lei, tampouco código penal para definir ofensa, nem denúncia pelo Ministério Público. Em outras palavras, questionou sobre os medos dos defensores do Estado.
É nítido que, diferentemente de muitos outros veículos de imprensa, o editor fez uma leitura no mínimo interessante, publicando seu artigo sobre os atuais tempos sombrios vividos no Brasil.
“De que outra ditadura tem medo, então, os nossos alarmados defensores do Estado democrático de direto?”, disse ele no artigo.
Para saber mais sobre este assunto, e ler na íntegra o artigo publicado por Fernão Lara Mesquista, com o título “Será que vai ter golpe?”, clique aqui.
Foto: Noah Buscher.