Felipe Neto e o silêncio dos conservadores
Felipe Neto conseguiu atrapalhar o projeto Brasil Paralelo. Uma coisa é a história, os fatos. Outra é a interpretação feita dos fatos e a decisão de quais fatos são relevantes para serem contados em sala de aula. Aparentemente, o youtuber não quer que uma interpretação diferente da sua tenha vez no Brasil.
É muito fácil concordar com a liberdade de expressão de quem concorda com você. Até os maiores tiranos da história fizeram isso.
Conforme matéria no site Conexão Política, Felipe Neto recentemente conseguiu pressionar e coagir a empresa Hotmart a rescindir contratos com empresas que veiculavam conteúdo educacional sobre cultura e ciências políticas, comprometendo o projeto do Brasil Paralelo.
Hoje, Felipe Neto é escutado pelo órgão corporativista chamado OAB e já deu entrevista para o The New York Times.
Ignorar o problema não vai anulá-lo. Da mesma forma que Felipe Neto, que não se intitula de esquerda, mas abraça inúmeras causas progressistas, tem lutado para atrapalhar e calar quem espalha ideias das quais ele discorda, é razoável que os conservadores lutem para que suas ideias sejam ouvidas. Não cabe aos progressistas lutar pela voz dos conservadores. Se os conservadores não fizerem nada perderão seu direito de fala por W.O.
Ora, qualquer ideia que é forçada “goela abaixo” da população porque as ideias opostas a ela são proibidas vira um dogma.
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Quem domina o campo da linguagem e das narrativas muitas vezes consegue adulterar os fatos e adequar as narrativas aos seus propósitos políticos. Esquerdistas ainda dominam vários espaços relevantes e projetos como o Brasil Paralelo quebram o monopólio de narrativa que a esquerda tinha.
Felipe Neto está influenciando o que seus filhos vão aprender na escola?
Já se perguntaram quem contará o que acontece no Brasil atualmente mediante os livros que serão lidos no futuro? Tudo se trata de uma guerra política e cultural, e se os mentirosos conseguem vencer a disputa, suas narrativas tornam-se verdades incontestáveis, como podemos observar nos livros didáticos de história que, de maneira criminosa, deturparam a história com falsificações baratas ideologizadas e fazem propaganda política para crianças.
Está na hora dos conservadores começarem a pensar sobre qual lado da disputa política prevalecerá nos livros de história que serão lidos no futuro. Se a direita brasileira quer realmente o registro sólido e permanente dos fatos para as gerações vindouras, então terá de trabalhar muito mais para além dos memes da internet e das meras inconstâncias políticas habituais.
Para ler a matéria completa, visite o site Conexão Política.
Foto: Youtube/Reprodução.