EUA: adolescente agrediu namorada gestante para que o bebê viesse a óbito

EUA: adolescente agrediu namorada gestante para que o bebê viesse a óbito

Koa Barker (17) é acusado de agredir sua namorada (18) visando a morte do filho por nascer.

Por Redação em 11/04/2022

Segundo acusações, um adolescente de 17 anos agridiu a namorada para que o filho de ambos, na décima quinta semana de gestação, falecesse.

Koa Barker teria esmurrarado a jovem de 18 anos no estômago “depois de ter declarado que ele não queria ter um filho com ela”. Ela estava alegadamente grávida de 15 semanas.

Relatos também afirmam que Barker disse à jovem que queria matá-la enquanto ele a sufocava e lhe dava um tapa. A condição dela e de seu filho por nascer é desconhecida.

Essa é a imagem de um bebê nascido prematuro com 14 semanas (dia do nascimento) que luta para sobreviver, colocada para que o leitor vislumbre em qual estágio de desenvolvimento o ser humano está nessa fase

Adolescente agridiu namorada: não se trata de um incidente isolado

Esta forma de violência doméstica está longe de ser rara. Um estudo descobriu que 64% das mulheres relatam sentir-se “pressionadas a abortar”. Quando a coerção aumenta, ela pode levar à violência, pois o estudo constatou que 65% dessas mulheres coagidas sofreram algum tipo de violência.

Em um artigo para o Hamilton Spectator, Lisa James, diretora de Saúde para Futures Without Violence, diz que muitas vezes é o medo de perder o controle que leva à violência. “Essa perda de controle pode ser assustadora e pode provocar uma reação de ressentimento ou raiva”, disse ela.

Esta idéia é corroborada por um estudo do Instituto Guttmacher de 2007, que apontou para pesquisas anteriores que encontraram um risco maior de violência durante a gravidez como resultado do ressentimento do parceiro em relação a seu filho por nascer e sua possessividade sobre a mãe da criança. De fato, a Universidade da Califórnia – São Francisco informa que “a violência doméstica é mais comum que qualquer outro problema de saúde entre as mulheres durante a gravidez”.

Infelizmente, essa violência às vezes se intensifica até a morte. Os homicídios são uma das principais causas de morte de mulheres grávidas nos Estados Unidos, ficando atrás apenas dos acidentes automobilísticos. O Live Action News relatou muitos casos de mulheres grávidas que foram abusadas ou mortas pelas mãos do pai de seu filho.

Como todas estas histórias mostram, as mulheres em situações de abuso doméstico precisam de ajuda. O aborto não é a resposta para mulheres em situações trágicas, uma vez que ele apenas compõe o trauma e resulta na morte de uma criança inocente. Um centro de gravidez em crise ou um abrigo contra violência doméstica é um bom lugar para começar a ajudar uma mulher em crise a encontrar assistência local.


Foto: Melanie Wasser