Esquerda e direita: como políticas públicas devem ser avaliadas

Esquerda e direita: como políticas públicas devem ser avaliadas

Esquerda e direita fazem perguntas muito diferentes na hora de avaliar uma política pública. Uma pergunta "isso faz bem?" e outra "isso me faz sentir bem?".

Por Redação em 04/09/2020

Uma diferença fundamental entre esquerda e direita é como cada uma avalia políticas públicas. Enquanto a direita pergunta “isso funciona?”, a esquerda faz uma pergunta diferente.

Por exemplo, o jornal americano The New York Times escreveu uma reportagem contra o salário mínimo em 1987, com o título “O salário mínimo correto: $ 0,00”. O texto afirma que “aumentar o salário mínimo significativamente vai colocar trabalhadores fora do mercado de trabalho”.

Anos se passaram e, em 2014, o mesmo jornal fez uma publicação a favor do salário mínimo. O The New York Times mudou de posição política e parou de fazer a pergunta “isso funciona?”. Ao invés disso, passou a se perguntar “isso me faz sentir bem?” – e a ideia de aumentar o salário mínimo dos pobres nos faz sentir bem.

Esquerda e direita avaliando a política de cotas

Outro exemplo são as cotas, também chamadas “ações afirmativas”. Vários estudos mostram a ineficácia dessas políticas, mas a esquerda as abraça calorosamente.

Mais estudantes negros não conseguem se formar. Por que? Porque muitos foram aceitos em faculdades que exigem um nível de rigor acadêmico para o qual não estão preparados. Ao invés de facilitar a admissão de candidatos, seria melhor oferecer uma boa base educacional àqueles que irão se candidatar.

Visão sobre ação militar

Um terceiro exemplo sobre como a esquerda avalia uma política pública é forma como eles fazem “ativismo pela paz”.  Muitas pessoas na esquerda tem uma queda pelo pacifismo, o que é compreensível. Por outro lado, pessoas de direita também querem paz (que ser humano psicologicamente saudável não quer?), mas entendem que a maioria dos “ativismos pela paz” na verdade aumentam a chance de ocorrerem guerras.

Nada garante mais o triunfo do mal do que a recusa em combatê-lo. Portanto, nós devemos combater grandes perigos com poderio militar superior, não com pombas brancas. Por certo, a vitória dos Aliados na Segunda Guerra ilustram bem isso.

De forma análoga, extremistas islâmicos precisam ser combatidos antes que eles decapitem, escravizem e torturem mais inocentes.

Aqueles que apoiam desarmamento nuclear e retirada de militares de locais estratégicos não estão se perguntando “isso funciona?”, estão se perguntando se a ausência de poderio militar os faz se sentir bem – o problema é que outras nações podem investir em poderia bélico enquanto o seu país não investe, o que tende a ser um problema a longo prazo que não irá fazer nenhum esquerdista ou direitistas se sentir nada bem.

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Foto: Matthew T Rader.