Especialistas contestam estudos que não viram benefícios na cloroquina

Especialistas contestam estudos que não viram benefícios na cloroquina

Especialistas contestam estudos que apontam a não efetividade do uso da cloroquina no tratamento precoce da Covid-19.

Por Redação em 01/09/2020

Especialistas contestam estudos que apontam a não efetividade do uso da cloroquina no tratamento precoce da Covid-19, causada pelo vírus chinês. De acordo com a Revista Veja, o grupo é formado por 37 especialistas brasileiros, americanos e ingleses e fará a entrega de carta aberta para contestar resultados negativos sobre a efetividade do uso da cloroquina utilizada precocemente em pacientes com Covid-19.

O porta-voz do grupo, Marcio Watanabe, professor do Departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense, afirmou na carta aberta, especialistas contestam com dados estatísticos, matemáticos e médicos.

A contestação sobre as conclusões dos ensaios clínicos publicados em importantes revistas médicas e científicas reuniu informações de especialistas de diversas instituições como Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade de Chicago, Universidade de Paris e Universidade de Oxford.

Segundo a revista Veja, os trabalhos criticados envolveram periódicos renomados como Annals of Internal Medicine, Clinical Infectious Diseases e New England Journal of Medicine. “Esses estudos apontaram que o uso da hidroxicloroquina em adultos com Covid-19 em fase inicial da doença (não hospitalizados, portanto) e concluíram que não foi observado benefício no uso da medicação entre os pacientes”. Diz Watanabe: “Vimos limitações nas interpretações dos dados, que acabaram interferindo negativamente nas conclusões relacionadas aos sintomas”, ressalta a reportagem.

Porque os especialistas contestam estudos

O fato é que a maioria das amostras coletadas e analisadas eram formadas por pacientes jovens e sem comorbidades, o que torna os estudos inconclusivos, segundo os especialistas que contestam os estudos que não viram benefícios na cloroquina.

Por outro lado, “dados dos ensaios randomizados sobre tratamento precoce em pacientes não hospitalizados publicados até agora mostram, na verdade, efeitos favoráveis nos grupos que receberam a terapia, principalmente nos pacientes de maior risco, como os idosos, onde a ação foi até três vezes maior do que nos jovens”.

Na análise dos especialistas, se a medicação for administrada no dia da exposição ao vírus, a redução de pessoas com sintomas poderia ser de até 72%, e quanto mais tempo levar para se iniciar o tratamento, o efeito diminui. “Não estamos dizendo que a medicação é a cura da doença. Queremos que os estudos retifiquem suas conclusões, indicando com precisão os efeitos positivos que a hidroxicloroquina apresentou nos dados, nem mais nem menos”, diz Cláudia Paiva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Foto: Online Marketing.