Empresas veem dificuldade em treinar soft skills

Empresas veem dificuldade em treinar soft skills

Como treinar soft skills? As habilidades interpessoais como como colaboração, comunicação e trabalho em equipe, estão cada vez mais em alta.

Por Redação em 05/05/2021

As habilidades interpessoais como como colaboração, comunicação e trabalho em equipe, agora são conhecidas como soft skills. Com a alta no trabalho remoto, muitas empresas estão enfrentando dificuldades para treinar o quesito soft skills com seus colaboradores.

De acordo com o artigo de Barbara Bigarelli, publicado no Portal Valor, uma pesquisa com 26 mil empregadores, realizada em 43 países (incluindo o Brasil), indica que mais de 40% veem desafios para treinamentos de habilidades como pensamento analítico e comunicação. Ou seja, dificuldade em treinar soft skills.

A pesquisa realizada pela Manpower Group revela ainda, que no Brasil, onde foram ouvidos 450 empregadores, esse percentual é de 43%. “E esse percentual tende a crescer no país principalmente entre as empresas que estão em setores com maiores chances de recuperação econômica”, avalia Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup.

Dificuldade em treinar soft skills

Uma das grandes barreiras para treinar mais os profissionais em soft skills, de acordo com os empregadores, é que as “soft skills são difíceis de identificar e desenvolver”.

Por outro lado, 38% (31% no Brasil) das organizações afirmam que é difícil treinar as competências técnicas procurada.

“A dificuldade desse tipo de treinamento é que as empresas precisam mudar o ponto de vista: não é olhar para o mercado e desenvolver internamente o que precisa, é olhar para dentro e entender sua cultura, seus valores, e as aspirações de carreira dos profissionais”, diz Pereira.

Segundo ele, os treinamentos de soft skills precisam ser “desafiadores”, e assim em ambientes onde as pessoas busquem o autodesenvolvimento, e não fiquem horas sentados à frente de um computador para um treinamento convencional.

Soft skills ganham ainda mais importância

Na avaliação da consultoria ManpowerGroup, baseada na análise dos dados da pesquisa, a pandemia deu mais importância a necessidade de algumas soft skills.

“Se antes falava-se muito em adaptação e capacidade de aprendizado, agora busca-se a “sociabilidade”, que é a capacidade de se comunicar e trabalhar em um ambiente colaborativo, independentemente do formato. Pensamento crítico e tomada de decisão a partir de dados também ganharam ainda mais relevância”.

Especialista no assunto: Lavore Mio

Para Rodrigo Brites, Sócio Fundador | Pessoas e Cultura da Lavore Mio, a questão do treinamento de soft skills é bastante delicada.

“Qualquer bom treinamento de soft skill oferece ao participante um campo seguro para que ele vivencie determinadas situações e consiga se perceber em ação, assim, a partir da sua auto percepção consegue identificar seus gatilhos emocionais e seu comportamento padrão. Um bom treinamento vai oferecer ferramentas para que no dia a dia, a pessoa consiga se ajudar para assumir uma postura que mais se adeque aos seus objetivos pessoais”.

E é justamente este o grande desafio. Segundo o especialista, por melhor que seja o treinamento, as soft skills precisam de vontade interna, aceitação e muita vivência social, pois elas aparecem na relação com o outro.

Além disso, a tradução dessas habilidades em entregas práticas é por muitas vezes genérica demais.

“Aí é que a Lavore Mio se põe à serviço. O nosso foco é no ser humano que está ali, procurando os caminhos para trabalhar em uma posição, em um projeto ou lugar, que desperte o seu amor pelo trabalho; na verdade o seu amor por si mesmo por meio do trabalho”.

Em outras palavras, a Lavore Mio faz o mapeamento das soft skills mais solicitadas para determinada posição e mostra isso para a pessoa que está em busca dessa posição.

“Além disso, mostramos quais são as entregas práticas, no dia a dia daquele trabalho, que existem como resultado do domínio dessas habilidades. Isso ajuda não só quem procura se desenvolver como a quem está procurando esta pessoa”, explica.

Assim, a Lavore Mio faz um estudo para saber qual o nível de soft skills e traça um plano de desenvolvimento customizado a partir daquilo que a pessoa quer.

Ou seja, a pessoa vai se desenvolver nas habilidades que tem um potencial de entregar esse “eu futuro”, a pessoa que ela deseja se tornar por meio do trabalho. “Assim, vivenciando um ambiente que pede por determinadas habilidades, ela vai gradualmente se tornando cada vez mais consciente de seus próprios comportamentos; potencializando o que aprendeu em seus treinamentos”.

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Foto: Priscilla Du Preez.