Pesquisador da Unicamp contesta eficácia da CoronaVac

Pesquisador da Unicamp contesta eficácia da CoronaVac

Pesquisador da Unicamp, Stefano de Leo acredita que a eficácia da CoronaVac não chega a 64%, embora o governo de SP divulgue que é de 78%.

Por Redação em 22/01/2021

O professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica, Stefano de Leo acredita que o resultado da eficácia da CoronaVac não chega a 64%.

A questão da eficácia da CoronaVac foi citada em artigo na Revista Oeste.

O fato é que, segundo o Governo do Estado de São Paulo, a taxa de eficácia da vacina CoronaVac pode ser menor do que 78%.

Assim, uma projeção feita por um pesquisador da Unicamp com os dados anunciados no evento indica que esse resultado, na verdade, pode ser de apenas 63,75%.

A diferença de quase 14 pontos percentuais para baixo foi calculada por Stefano de Leo, professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Logo após calculada, foi divulgada pelo site Poder360.

Entenda o caso da Eficácia da CoronaVac

O mundo inteiro iniciou uma campanha para desenvolver a “melhor” ou mais aceitável vacina contra a Covid-19. Mas como foram feitos os testes?

Como pode se lido no artigo publicado na Science com o título “Brazil announces ‘fantastic’ results for Chinese-made COVID-19 vaccine, but details remain sketchy”, fala-se de 218 casos leves (a OMS usa 4 classificações: assintomáticos, leves, moderados, graves). Desses 218, foram quase 160 no grupo de placebo e “menos que 60” no grupo de vacinados, segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Devido ao fato de não termos dados oficiais, usaremos o seguinte: dos 218 que tiveram sintomas leves, 160 receberam placebo,58 receberam a vacina.

Stefano de Leo

Observe que revista Science não disse exatamente quantas pessoas tomaram a vacina, do grupo de 218, só diz que foram menos que 60. Devido a falta de dados oficiais, o professor Stefano, em seu artigo para o Poder 360, supôs um número de 58 vacinados.

Conforme explica Stefano, “isso que dizer, se o número 58 for correto, que somente 13 pessoas precisaram de atendimento médico, mas nenhuma delas evoluiu para um quadro moderado ou grave (e aqui temos os 100%)”.

A partir de 160 pessoas no grupo placebo e 58 vacinados, o professor fez a seguinte conta:

Para ler o artigo da Revista Oeste e saber mais sobre a explicação de Stefano, clique aqui.


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.