Diretores de marketing falaram sobre o pós-Covid e fazem previsões – algumas já esperadas, outras nem tanto.
A primeira lição, segundo eles, é que a volta do ritmo normal do consumo pode levar entre 6 meses a dois anos, dependendo da vertical econômica. Entretanto, a valorização das experiências digitais pelo consumidor mudou para sempre em todas as categorias e precisa ser prioridade.
De fato, 85% de diretores de marketing que participaram da pesquisa do The CMO Survey apontaram maior interesse dos consumidores em relação às ofertas digitais. Eles afirmam ter certeza de que esse comportamento vai se manter.
Mais vendas online
Obviamente, os diretores associaram visibilidade digital com a captação de novos clientes. 65,4% declaram ter atraído novos consumidores para seus produtos e serviços. Empresas que possuem mais de 10% das suas vendas online tiveram esse resultado 26,9% melhor do que as que têm zero venda online.
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A fatia das vendas vindas da internet cresceu 42% (o maior salto na história da pesquisa). Agora, passa a representar em média 19,3% das vendas totais. O percentual menor ficou com as empresas B2B, mas companhias B2C viram crescer 22,9% a fatia das vendas de produtos e 25,3% as vendas de serviços. Surpreendentemente, empresas com menos de 500 funcionários se deram melhor: 26,1% das vendas pela internet, contra só 12,9% nas empresas com mais de 10 mil funcionários.
O papel dos diretores de marketing depois da Covid-19 e o orçamento do setor
O papel dos diretores mudou consideravelmente com a pandemia. Antes de mais nada, as equipes encolheram (demissões reduziram 9% dos times) e houve mudança de foco para atender as novas expectativas e oportunidades digitais. E vai continuar assim daqui para frente. Quase dois terços (60,8%) transferiram recursos para criar interfaces digitais voltadas para o cliente. Metade (56,2%) está transformando seus modelos de Go-to-market, 68,6% estão colocando seus times para se manterem ativos online e 61,8% para melhorar as interfaces digitais.
Os orçamentos de marketing subiram para 11% da receita e 12,8% dos budgets gerais das empresas, um número inédito, fora da curva nos últimos 10 anos. O investimento em social media foi turbinado e recursos foram direcionados para o segmento (a parte da social media nos budgets subiu de 13,3% para 23,2% em média). Segundo comentário da professora Christine Moorman sobre o pós-Covid, “o marketing ficará com um papel alterado – e sem dúvida mais importante”.
Para ler a matéria completa, acesse The CMO Survey.