Esse texto, sobre Cuba e a esquerda, contém Ironia. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Estamos em 1959, a “ilha da fantasia” é um país semi-industrializado, com um padrão razoável de vida, magníficos cassinos e lindas praias fomentam o turismo. Há grandes fazendas agrícolas de cana-de-açúcar e tabaco. O país tem seus problemas, como qualquer um a mercê de grandes economias mundiais, nada que não possa ser melhorado com o próprio livre mercado e um pouco de vontade de seus governantes.
Cuba e a esquerda: chega a revolução!
A grande mudança, comandada pelo “El Coma Andante y los barbudos”, em nada ajudou seu país ou seu povo, a ilha continuou um país semi-industrializado e sua produção agrícola passou a ser subsidiada pela então “União das Repúblicas Socialistas”.
Quarenta anos depois, seu primeiro encontro com a realidade, com a queda do muro de Berlim e a extinção da bipolaridade mundial. Não demorou muito para que a dissolução da “URRS” se concretizasse.
A garrafa de boa vodka secou!
Como um filho acostumado em ser mantido, procurou “tios e primos”. Primeiro, foi a vez dos petrodólares de um “ditador comunista vizinho”, que continuou salvando a “ilha da fantasia” de um colapso total. Depois, o comunismo acabou também com o país desse ditador. Para se manter, a Ilha continuou recebendo alguma ajuda de países cujos presidentes eram simpatizantes do regime, como de um “barbudo” que se comparou a Jesus.
Nada como um dia depois de outro!
Com a perda do poder do tal barbudo, um programa de enfermeiros que se autodenominavam médicos acabou. Com o fim desse programa, onde a maior parte do salário era para manter o tal “regime” na Ilha, a realidade novamente bateu as portas.
Ao olhar para outros parentes próximos, dessa vez, se viu de frente com um primo “hermano”. Porém, esse primo, a pouco tempo havia lido uma estória que um tal “Marx” escreveu e se identificou tanto com o comunismo que (pasmem!) precisa mais de ajuda do que consegue ajudar.
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E o povo da ilha de Cuba? Como ficou depois do governo da esquerda?
Ah! O povo cansou, a fome chegou, a miséria alcançou. O país, que em 1959 tinha a segunda maior renda média per capita da América Latina, hoje só ganha de um outro país, devastado também, não pelo comunismo, mas por forças da natureza.
O Comunismo!
Esse pelo jeito pode ser comparado a um terremoto, maremoto ou tsunami, por onde passa deixa seu rastro. Fome e destruição! Tenho esperança, esperança que um dia esse povo se libertará, se libertará da fome, da opressão, da censura, da escravidão ideológica, dos ditadores oportunistas.
E não por uma jangada improvisada no alto mar, e sim pela sua força, pela união dos seus. Por um motivo maior, a liberdade!
*Rodrigo Cavalo é bacharel em Direito e pós graduado em Direito e Processo do trabalho. Crítico por natureza.
Foto: Dorothea OLDANI.