A confiança da indústria voltou a subir em dezembro e atingiu o maior patamar desde maio de 2010. Os dados vem da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com o relatório divulgado pela FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,8 ponto em dezembro, atingindo 114,9 pontos. Em maio de 2010, o índice marcou 116,1 pontos.
“O Índice de Confiança da Indústria de Transformação encerra o ano com um desempenho surpreendente e muito expressivo”, afirmou a Renata de Mello Franco, economista da FGV. “No entanto, o resultado do mês confirma a tendência de desaceleração das taxas de crescimento dos indicadores tanto de momento atual quanto das perspectivas futuras”, acrescentou.
Em outras palavras, os empresários se mostraram mais otimistas em relação aos próximos três e seis meses. De fato, o Índice de Situação Atual (ISA) e Índice de Expectativas (IE) avançaram 1,7 ponto, para 119,9 pontos e 109,6 pontos, respectivamente.
Assim como o resultado de dezembro, o ISA atingiu o maior valor da série histórica e o IE alcançou o maior patamar desde 2011.
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“Apesar das expectativas em geral indicarem otimismo, a incerteza elevada, a falta de matérias primas, a elevação de preços e a cautela dos consumidores têm deixado os empresários cautelosos em relação ao segundo trimestre”, disse Renata.
Como a confiança na indústria é avaliada?
Em suma, foi feita uma pesquisa com 1.363 empresas de 1 a 7 de dezembro. Eles foram questionados a respeito da percepção da economia brasileira no cenário atual e para os próximos meses. Para ver o relatório na íntegra, clique aqui.
Surpreendentemente, mais de 780 mil empresas faliram apenas até junho de 2020. Os pedidos de falência no país subiram 30% em maio de 2020 em relação a abril deste mesmo ano.
Fica a pergunta: os empresários estão mesmo tão otimistas?
Matéria baseada no site G1.