Como Trump conseguiu acordos de paz no Oriente Médio?

Como Trump conseguiu acordos de paz no Oriente Médio?

Donald Trump foi pivô de vários acordos de paz no Oriente Médio. Entenda como sua capacidade de delegar tarefas e o resgate de um príncipe fizeram toda a diferença.

Por Redação em 22/02/2021

Os acordos de paz históricos do presidente Trump no Oriente Médio foram amplamente cobertos pela imprensa internacional e renderam várias indicações ao Nobel da Paz.

Entretanto, a imprensa americana os “ignorou” temendo aumentar suas chances de reeleição.

Mas por que o presidente os esforços de Trump tiveram sucesso?

Eu diria que grande parte do sucesso do presidente Trump está em sua disposição e capacidade de delegar tarefas.

Delegação, travel ban e a luta contra o ISIS

Quando Trump assumiu o cargo, o ISIS controlava mais de 30.000 milhas quadradas e dezenas de instalações militares.

Tendo prometido derrotar o ISIS (Estado Islâmico) durante sua campanha, o presidente deu aos líderes militares em campo mais liberdade para conduzir a guerra. Eles removeram restrições impostas por seu predecessor.

A nova estratégia deu resultados. Entretanto, para evitar fugas e retaliações por parte de combatentes do ISIS, Trump fez seu famoso “pacote de proibição de viagens” (travel ban). A mídia chamou o pacote de xenófobico, mas parceiros no Oriente Médio apoiavam as restrições porque elas davam aos militares a liberdade de tomar as medidas necessárias para derrotar o ISIS.

Aliás, com a liberdade de conduzir a guerra da maneira que eles achassem adequada, eles estabelecessem relações estratégicas, táticas e pessoais com várias nações árabes. Ironicamente, enquanto a grande mídia dizia ao povo americano que o presidente odiava os muçulmanos, ele estava forjando relacionamentos duradouros em todo o Oriente Médio.

O príncipe que foi chave para os acordos de paz de Trump no Oriente Médio

Militantes iemenitas derrubaram um helicóptero dos Emirados Árabes, matando três e ferindo sete soldados em missão de contraterrorismo. Trump ordenou que dois Ospreys transportando forças especiais e equipes médicas resgatassem os soldados presos atrás das linhas inimigas no Iêmen. O que o presidente não sabia na época era que um dos soldados feridos era Zayed bin Hamdan al Nahyan, sobrinho e genro do príncipe herdeiro dos Emirados.

Os problemas não haviam acabado: Zayed e outros soldados não sobreviveriam a menos que fossem levados para a Alemanha para atendimento médico especializado. Trump não perdeu tempo para aprovar o plano de enviar um avião-hospital voador ao espaço aéreo iemenita no meio da noite, sem luzes, para pegar os soldados feridos.

Como resultado, a notícia do resgate se espalhou como um incêndio em todo o mundo árabe. O então novo presidente americano foi visto como alguém com quem se podia contar.

Essa confiança entraria em jogo dois anos depois, quando o presidente Trump tentou fazer com que pelo menos uma nação árabe reconhecesse Israel e seu direito de existir. Os Emirados Árabes Unidos se tornaram a primeira nação árabe na história a reconhecer o estado de Israel e, como o presidente havia previsto, o Bahrein e o Sudão seguiram o exemplo.

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Foto: US Embassy