Comboio da liberdade: Caminhoneiros começam manifestações contra passaporte de vacina nos Estados Unidos

Comboio da liberdade: Caminhoneiros começam manifestações contra passaporte de vacina nos Estados Unidos

"Comboio da Liberdade" nos Estados Unidos já começou e é compostos por diversos grupos autônomos que dirigirão para Washington, chegando no dia 05/03.

Por Redação em 24/02/2022

O Comboio da Liberdade canadense inspirou caminhoneiros americanos a fazer manifestações nos Estados Unidos.

Grupos com denominações diferentes (Comboio da Liberdade, Comboio do Povo e outros) irão dirigir até Washington, chagando do dia 05/03/2022. Não existe uma organização central, os grupos são autônomos e compostos por civis insatisfeitos com mandatos de vacina e restrições no país.

O Comboio do Povo já começou sua jornada nessa quarta-feira, 23/02/2022, partindo da Califórnia.

Os motoristas americanos torcem para receber o mesmo nível de apoio da população que os canadenses receberam.

Em comunicado oficial, o Comboio do Povo afirmou o seguinte:

“Este comboio é sobre liberdade e unidade: os caminhoneiros estão andando unificados através das fronteiras do partido e do estado e com pessoas de todas as cores e credos – cristãos, muçulmanos, judeus, sikhs, mórmons, agnósticos, Negros, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, republicanos, democratas. Todos os indivíduos são bem-vindos participe participando da reunião de lançamento – às 10h da quarta-feira, 23 de fevereiro, às Estádio de Adelanto – ou entrando em seus próprios veículos e seguindo as grandes plataformas de Adelanto em direção à costa leste! A mensagem do Comboio do Povo é simples.

Os últimos 23 meses da pandemia de COVID-19 tem sido um caminho difícil para todos os americanos se locomoverem: espiritualmente, emocionalmente, fisicamente e – não menos importante – financeiramente. Com o advento da vacina e agentes terapêuticos viáveis, juntamente com o trabalho árduo de tantos setores que contribuíram para o declínio dos casos de COVID-19 e da gravidade da doença, agora é hora para reabrir o país. O trabalhador americano médio precisa ser capaz de administrar a dificuldades econômicas dos últimos dois anos e voltar a ganhar seu pão – para que eles possam pagar suas aluguéis e hipotecas e ajudar a impulsionar essa economia. Para esse fim, é hora de as funcionários eleitos (políticos e afins) trabalharem com a classe trabalhadora americana para restaurar a responsabilidade e a liberdade – encerrando todos os mandatos e o estado de emergência – já que o COVID está bem controlado agora e os americanos precisam voltar ao trabalho de maneira livre e irrestrita.”

Comunicado emitido pelo Comboio do Povo no dia 21/02/2022

O grupo Comboio da Liberdade irá partir da Califórnia amanhã, dia 25/02, mas o grupo anunciou que alguns caminhoneiros já se alocaram perto do ponto de partida.

Como o governo canadense lidou com o Comboio da Liberdade, que inspirou os caminhoneiros nos Estados Unidos

O primeiro ministro canadense, Justin Trudeau, havia dito que os protestos eram compostos por uma “minoria que não representa os canadenses”. Entretanto, ele preferiu ir para um local não revelado por segurança e pouco depois declarou “estado de emergência”.

O governo congelou, no dia 19/02, centenas de contas bancárias pertencentes aos organizadores do protesto, caminhoneiros e seus colaboradores oito dias depois que o primeiro-ministro deu autorização para agredir manifestantes que haviam acampado na capital do país por três semanas.

Foram apreendidos 20 milhões de dólares canadenses em doações. Ao mesmo tempo, a polícia tentou impedir postos de gasolina de abastecer os veículos.

Como resultado, os organizadores passaram a utilizar a plataforma GiveSendGo e Bitcoin para fazer doações e a população levou gasolina em galões até os caminhoneiros.

A plataforma postou o seguinte no Twitter: “Saiba disso! O Canadá tem absolutamente ZERO jurisdição sobre como gerimos nossos fundos aqui na GiveSendGo”.

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Canadenses levando combustível para os manifestantes. Reprodução: New York Post

* Mari Gatti, escritora.


Foto: Naomi Mckinney