Embora seu produto ainda não esteja disponível no Brasil, a gigante da celulose, Suzano, entra no mercado têxtil com um tecido à base de celulose.
De acordo com a Revista Globo Rural, a fibra já é utilizada na confecção de agasalhos e artigos esportivos de marcas de países como: Finlândia, Dinamarca e Noruega. A novidade partiu de Janne Poranem, CEO da Spinnova.
Em meados de fevereiro (2021), a multinacional H&M, com lojas espalhadas em mais de 70 países, também passou a oferecer a opção. “O material é constituído por quase 100% de celulose”, afirmou o executivo da empresa.
A parceria começou a ser discutida ainda em 2017, quando a empresa em questão ainda era a Fíbria (resultante da fusão entre a Aracruz e a VCP), que em 2018 foi comprada pela Suzano.
“Os executivos da empresa brasileira também procuravam novos meios de adicionar valor à polpa de madeira, que é o que colocamos em prática agora com a joint venture”, conta Poranem.
Tecido à base de celulose significa inovação no mercado
Apesar de todos os comentários sobre as crises causadas pela quarentena forçada, foi também a crise que impulsionou a procura por celulose para fabricar máscaras e produtos hospitalares. De acordo com o diretor de novos negócios da Suzano, Vinicius Nonino, a tecnologia ainda está em consolidação.
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Ele explicou que a planta a ser construída em parceria com a Spinnova é comercial, mas também de desenvolvimento. “Nossa fibra passou por todos os parâmetros necessários e isso viabilizou o investimento”.
Antes de tudo, vale ressaltar que a tecnologia e a inovação têm o seu preço. Ele admitiu que o preço do tecido à base de celulose ofertado pela empresa deve ser mais alto que o de outros tecidos, mas acredita no conceito de sustentabilidade associado a este produto.
“Nossa fibra carrega esse conceito de sustentabilidade muito forte. Existe um interesse muito grande de várias empresas, vários varejistas no mundo pelo nosso produto. Nós vamos comandar precificações superiores”.
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Foto: Janko Ferlič.