China proíbe vigília pela memória do massacre da Praça da Paz Celestial

China proíbe vigília pela memória do massacre da Praça da Paz Celestial

Em 1989, o governo chinês matou um número incerto de pessoas que pediam por democracia e criticavam sua corrupção. Hoje, querem proibir o povo chinês de relembrar o fato e honrar a morte das vítimas.

Por Redação em 22/09/2020

Os territórios semi-autônomos de Hong Kong e Macau proibiram as vigílias de 4 de junho em memória do massacre da Praça da Paz Celestial.

As autoridades alegaram estar preocupadas principalmente com a disseminação de Covid-19. Entretanto, o governo autorizou um festival de música eletrônica em Wuhan, local a partir do qual o vírus se espalhou. O evento lotou o parque aquático Maya Beach Water Park e as pessoas não usaram máscaras faciais.

De fato, a polícia de Macau prendeu duas jovens carregando velas perto do Largo do Senado por suspeita de reunião ilegal.

O futuro nebuloso de Hong Kong

De acordo com ativistas pró-liberdade da China, essa atitude é apenas um vislumbre do futuro sombrio de Hong Kong, quando Beijing aprofundar seu poder sobre a colônia britânica, apesar dos diversos protestos por parte de moradores do local.

A Lei de Segurança Nacional, promulgada no final de agosto, proíbe ideias a favor de “”separatismo”, “terrorismo”, “subversão” e “conluio com forças externas e estrangeiras”.

Na prática, proíbe, por exemplo, que algum chinês insatisfeito carregue uma placa escrito “Liberte Hong Kong”.

Joshua Wong, um dos líderes do movimento pró-democracia Hong Kong, postou em seu Twitter que “Isto representa o fim de Hong Kong como o mundo conhece. Com poderes ampliados e uma lei mal definida, a cidade se transformará em um #estadodepoliciasecreta”.

Como foi o massacre da Praça da Paz Celestial

Milhares de pessoas estavam se manifestando na praça de Tiananmen (ou Praça da Paz Celestial, em português) pedindo democracia e criticando a corrução do governo chinês quando foram surpreendidos por tanques e alvejados pelo exército.

Não se sabe até hoje o número exato de vítimas. Estima-se algo entre 1.000 e 10.000 mortos. O Partido Comunista da China (PCC) falou em “quase 300 mortos”, enquanto a Cruz Vermelha estimou em 2.700 mortes.

Em raro pronunciamento sobre o massacre, o ministro da Defesa, Wei Fenghe, afirmou no domingo que a repressão aos protestos na praça chinesa, que completa 30 anos, foi a “política correta”.

Para ler a matéria completa, acesse a Newsweek.


Foto: reprodução/Youtube.