De acordo com Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, a paciência com o ocidente chegou ao fim.
No dia 14/01/2022, ele afirmou o seguinte em uma coletiva de imprensa: “Nossa paciência chegou ao fim. Somos muito pacientes, sabem, somos lentos a arrear [os cavalos], mas rápidos na corrida. Agora, já está na hora de irmos embora. Só estamos esperando que o cocheiro naquela carruagem responda concretamente às nossas propostas”.
Em qual contexto a paciência da Rússia com o ocidente chegou ao fim?
A Russia se movimentou militarmente para perto da Ucrânia no final de 2021.
“O que vemos é um aumento [da presença] militar russa grande e significativo. Vemos uma concentração invulgar de tropas. Sabemos que a Rússia esteve anteriormente disposta a usar este tipo de capacidade militar para conduzir ações agressivas contra a Ucrânia,” disse o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg em novembro.
De fato, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demonstrou interesse em participar da Otan em mais de uma ocasião, afirmando que isso protegeria seu país de uma possível invasão russa. É importante lembrar que houve uma invasão em 2014.
Vladimir Putin, em contrapartida, afirmou que estava simplesmente tomando “medidas militares e técnicas adequadas” para responder à crescente atividade da Otan dentro e ao redor da Ucrânia, perto das fronteiras russas.
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Ele também nega ter intenção de invadir a Ucrânia, mas não dá garantias. Na verdade, ele pede garantias de que a Ucrânia não fará parte da Otan.
Em contrapartida, alguns países do ocidente afirmaram que não tolerarão uma invasão à Ucrânia.
No dia 17/01/2022, o secretário de defesa do Reuno Unido disse que está enviando armas anti-tanque e o Canadá enviou forças especiais. Os Estados Unidos também já disseram que irão “responder decisivamente se a Rússia se mover para a Ucrânia”.
* Mari Gatti, escritora.
Foto: Reprodução/YouTube.