Censura facial e desinformação: a imprensa militante

Censura facial e desinformação: a imprensa militante

A censura facial e a desinformação protagonizaram a cena da entrevista concedida pelo Presidente Jair Bolsonaro à imprensa.

Por Redação em 31/08/2020

A censura facial e a desinformação protagonizaram a cena da entrevista concedida pelo Presidente Jair Bolsonaro à imprensa. De acordo com o jornalista Guilherme Fiuza, foi logo depois que o presidente caminhou para trás, durante a entrevista, e tirou a máscara para conversar com a imprensa. Para que todos pudessem ver que ele estava bem, apesar do resultado ter dado positivo para Covid-19.

Os jornalistas o entrevistavam justamente sobre esse assunto. “Após tirar a máscara, o alarme foi imediato, apesar do desfecho até tranquilo dessa cena, qualquer um que estava assistindo pode ouvir, em pressentimento, os gritos que fatalmente viriam. E não deu outra! Assassino, criminoso, genocida… Ainda que alguns velados, outros foram explícitos”. Do mesmo modo, a censura facial foi gritante.

De acordo com Fiuza, na guerra ao vírus, a desinformação foi uma arma largamente utilizada. Portanto, um outro grave problema surge.

O deputado do PSOL já denunciou o presidente por crime de responsabilidade ou de irresponsabilidade. “Nesse momento em que o país tenta se livrar da pandemia, ou pelo menos, parte dele tenta, é urgente parar de patinar nas incertezas. Por isso é importante que o referido deputado, e não vamos tirar a máscara dele aqui, mas é importante que ele calce as suas ações com demonstrações da sua premissa acusatória”.

Afinal, o presidente estava em um ambiente aberto e sem aglomeração, a cerca de 10 metros de distância entre a pessoa infectada e as outras, neste caso, os repórteres.  Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, ele pode se projetar em até dois metros em caso de espirro ou tosse. Sobre a permanência do vírus no ar, a OMS declarou que não se tem comprovação científica alguma sobre isso.

Censura facial e desinformação

“O que se pode dizer com base no que se sabe e não no que se deseja, é que a chance de contagio na situação envolvendo jornalistas e o presidente não existe. Ou melhor, existe na cabeça do deputado do PSOL”, declara Fiuza.

Principalmente porque a determinação legal para o uso de máscara tem como único objetivo evitar o contágio, mas segundo Fiuza, os “talibãs da economia” querem que o Estado multe e até prenda quem estiver sozinho no carro e sem máscara, “mesmo que tenha sido para tomar um remédio, afinal flagrante é flagrante”.

Também ficou intrigado e quer saber mais, veja o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/Lb3J0NM1Mxg

Foto: Alan Santos/PR.