Bastiat: “vida, liberdade e propriedade”

Bastiat: “vida, liberdade e propriedade”

Entenda quem foi Frédéric Bastiat, um dos mais proeminentes defensores das liberdades individuais.

Por Redação em 19/09/2020

Praticamente todos os autores liberais famosos tiveram alguma influência de Claude Frédéric Bastiat.

Bastiat, nascido em 1801, foi economista, escritor e jornalista. Após ter estudado pensadores como Adam Smith e Jean-Baptiste Say durante sua juventude, ele já era um dos mais proeminentes defensores do livre mercado na década de 1840.

Como Bastiat via o mundo

De acordo com o economista, em uma sociedade natural baseada na propriedade privada, os interesses dos vários grupos tendem a se harmonizar.

Por exemplo, devedores e credores parecem ter interesses conflitantes. Entretanto, analisando atentamente, vemos que um devedor tem interesse no bem-estar de seu credor porque ele pode precisar de mais crédito futuramente. Da mesma forma, o credor tem interesse no bem-estar de seu devedor porque somente um devedor próspero é capaz de pagar juros. 

Bastiat discorreu também inúmeras relações semelhantes, como entre consumidores e produtores e entre proprietários e inquilinos.

Além disso, o economista escreveu a respeito de como usar de forma ética a força física para proteger os direitos de propriedade.

Vida, liberdade e propriedade: direitos naturais

Em um de seus ensaios mais famosos, “A Lei”, Bastiat argumenta que vida, liberdade e propriedade são direitos intrínsecos à condição humana, independente do que digam as leis estatais de um local.

Entretanto, as leis artificiais criadas pelo homem, de acordo com o autor, podem perverter a manutenção e preservação dos direitos naturais.

Como uma das maiores influências dos autores liberais, Bastiat, vê as intervenções estatais

O protecionismo, isto é, políticas governamentais que tentam proteger as empresas de um país da competição externa, rompe a harmonia natural dos interesses e cria conflitos por privilégios.

Por exemplo, uma tarifa mais alta sobre o vinho estrangeiro beneficia os produtores locais de vinho às custas dos consumidores locais e dos produtores estrangeiros de vinho. 

Essa interrupção também existe para subsídios e outros esquemas de redistribuição. Ora, se um grupo é “protegido” por um privilégio especial, ele deve ser pago por outros indivíduos.

De fato, é muito cômodo prometer “coisas grátis” do ponto de vista de um político. Isso pode render uma reeleição. De quebra, quando for “prover as coisas grátis”, ele pode contratar um amigo no processo, que fica lhe devendo um favor.

Depois, quando a conta chega – e ela chega, é inevitável – vem o aumento de impostos, que quase sempre recai mais pesadamente sobre os pobres. Algumas pessoas não conseguem enxergar além dos benefícios recebidos através da legislação que Bastiat condena e não ponderam os custos para aqueles que foram saqueados.

Bastiat concluiu em seu ensaio “O Estado” que:

“O estado é a grande entidade fictícia pela qual todos procuram viver à custa de todos os outros”.

Bastiat em “O Estado”

Importante notar que, propositalmente, não se estuda Bastiat nas escolas brasileiras.

Para ler a matéria completa, acesse o site Ideias Radicais.


Foto: reprodução/Instituto Liberal.