Argentina: 65% das crianças e adolescentes vivem na pobreza, aponta estudo da UCA

Argentina: 65% das crianças e adolescentes vivem na pobreza, aponta estudo da UCA

65% das crianças e adolescentes vivem na pobreza. Congelamento de preços e restrição a importação não contiveram a inflação anual, que é cinco vezes maior que a do Brasil. Essa técnica já foi usada no Brasil nos anos 80 e também não funcionou.

Por Redação em 13/12/2021

65% das crianças e adolescentes na Argentina vivem em situação de pobreza, de acordo com estudo da Universidade Católica Argentina (UCA). O índice de pobreza na Argentina caiu este ano na comparação com 2020, mas ainda é superior ao registrado no pré-pandemia.

Quando é feito o recorte por faixa etária, a população de zero a 17 anos apresenta a maior taxa de pobreza, com 64,9% das crianças e dos adolescentes argentinos nessa condição, índice superior aos de 2020 (64,6%) e de 2019 (58,3%). Em 2010, menos da metade (49,5%) da população argentina nessa faixa etária vivia na pobreza.

“A recuperação da economia produziu aumento na demanda por emprego, mas houve queda na renda real”, apontou o observatório.

“O aumento do investimento público e a maior demanda por mão de obra nos setores informais conseguiram estabilizar os níveis de pobreza e reduzir a indigência. Apesar das melhorias na infraestrutura social, as desigualdades estruturais, evidenciadas no aumento das deficiências não monetárias, têm aumentado. Não é a falta de políticas públicas que explica este empobrecimento, mas sim a economia fraca entre os mais pobres, que anula esse mesmo investimento”, acrescentaram os pesquisadores.

Argentina, pobreza e resumo dos últimos acontecimentos

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou uma espécie de auxílio emergencial para os mais vulneráveis. no valor de R$ 915,00.

No ano passado, a Argentina ganhou fama mundial por ser um dos países com a quarentena mais longa do mundo. O Índice de Liberdade Econômica da Argentina, em 2021, foi de 148 de 178 países. O país recorreu a congelamento de preços e restrição a importação na tentativa de conter a inflação, que fecha em 52% ao ano (5 vezes a do Brasil).

O atual presidente foi chamado de “amigo de Lula” e “Peronista” pela BBC em 2019.

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Foto: Angelica Reyes.