Em sua página na rede social Medium, Mauricio Bueno publicou um texto sobre a importância de uma empresa saber a hora de se atualizar.
Segundo ele, as organizações crescem e começam a priorizar processos ultrapassados ao invés de valorizar as ações pessoais.
“Isso pode acabar com a capacidade de aprendizado, reação e adaptação de uma organização. Mas definitivamente dá para atualizar isso”.
Ele que se identifica como fã dos artigos da Harvard Business Review, diz que a revista sabe a exata profundidade para começar um tema e o timing do conteúdo.
Há um texto do Steve Blank intitulado “Why companies do “Innovation Theater” instead of actual innovation”, ou “Por que empresas fazem o “teatro da inovação” ao invés da inovação de fato?”, em português.
Resumidamente, Blank afirma que a medida que as organizações crescem, começam a priorizar processos ultrapassados ao invés de produtos, e isso impede que a inovação aconteça de verdade.
É hora de atualizar
Mauricio Bueno, ainda citando o texto de Steve Blank, explica que o passo seguinte para as empresas é encenar a atualização.
Começa então o “teatro da inovação”.
As empresas contratam consultores para fazer um processo de reorganização. Eles adotam iniciativas esparsas, “como hackathons por exemplo, para promover inovação, ou caminhando alguns passos na tentativa de reformar comportamentos burocráticos’.
Bueno aponta que Steve Blank vê essas iniciativas como válidas, mas tabmém afirma que elas não atacam o problema central.
“As organizações deveriam focar em construir cultura, processos, práticas e um modelo mental mais contemporâneo”.
E ele completa dizendo que: “o impedimento da inovação real não é apenas a priorização de processos e não produtos, mas sim o de ignorar as pessoas (clientes, usuários e colaboradores)”.
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De acordo com o artigo da Harvard, existe uma maneira mais tangível de se abordar os temas cultura, mindset e processos: “a abordagem do sistema operacional organizacional”.
O sistema operacional organizacional
A tecnologia da informação chegou e mudou tudo aquilo que se sabia sobre as empresas e organizações. A exemplo das industrias e motores, onde a gestão era comparada com máquinas e engrenagens.
“Passamos de uma onda mecanicista para a onda digital ou da informação. Um movimento que foi desencadeado por transformações tecnológicas que começaram com os chips de silício, computadores e redes, mas que hoje influenciam cada aspecto do nosso dia a dia”, conta Bueno.
A parte boa disso tudo é que a nova onda trouxe maneiras contemporâneas de se fazer e conduzir negócios.
E seguindo esta linha de pensamento, as dificuldades também não foram adaptadas ao contexto digital.
“Se o ambiente de negócios já era desafiador para os modelos de organização estabelecidos e não digitais, com a Covid-19 ele ficou ainda mais volátil e competitivo, trazendo novos desafios como um mercado ainda mais retraído, mudanças constantes no comportamento dos clientes e virtualização, flexibilização e novos sentidos para o trabalho”.
Em outras palavras, o desafio para diversas empresas é que elas não programam ou reprogramam seu sistema operacional de forma consciente.
Embora seja possíve corrigir isso, é preciso ter o trabalho de reprogramar conscientemente o sistema organizacional. “É um processo iterativo de revisão, entrega e aprendizado diário e constante”. O assunto é amplo e bastante vasto.
Alô empresas! é hora de atualizar!
Para ler o artigo de Maurício Bueno na íntegra, clique aqui.
Foto: ETA+.