Alemães imigram para o Paraguai fugindo de medidas estatais autoritárias

Alemães imigram para o Paraguai fugindo de medidas estatais autoritárias

Alemães descontentes estão encontrando afinidade cultural no Paraguai.

Por Redação em 28/04/2022

O Paraguai está vendo um aumento no número de alemães que imigram para o país fugindo de medidas estatais autoritárias referentes ao coronavírus. Eles também demonstram insatisfação com o grande número de imigrantes islâmicos em seu país.

O alemão, identificado como Michael Schwartz e que teria chegado ao Paraguai em novembro de 2021, disse à BBC que evitou tomar as vacinas contra o coronavírus – que o ministro da Saúde alemão quer tornar obrigatória, embora haja resistência à política na legislatura federal — porque há “muitas perguntas” em torno deles, sugerindo que “muitos paraguaios” compartilham de sua posição.

Stephan Hausen, outro emigrante alemão que chegou ao Paraguai com sua família no mesmo mês que Schwartz, levantou preocupações semelhantes, em particular sobre bloqueios “contínuos” que o deixaram “pasmado”.

Alemães imigram para o Paraguai: medidas autoritárias e alegada falha no controle de fronteiras seriam os motivos

“Acho que deveríamos ter uma migração mais regulamentada [para a Alemanha]”, disse a esposa de Hausen, Theresa, sugerindo que Berlim deveria limitar o número de migrantes permitidos no país e se planejar de acordo.

“O Paraguai, em nossa experiência, é um país muito cristão, e nós vimos de uma cultura cristã”, acrescentou seu marido.

“Nós conhecemos muita gente aqui e estamos na mesma sintonia. Na Alemanha não é assim, porque em geral os muçulmanos provocam demais”, disse ele.

“Mulheres alemãos não valem nada para eles”

Uma mulher com o pseudônimo “Hana”, que ajuda os alemães a se estabelecerem no Paraguai, também se queixou dos imigrantes. Ela falou à BBC com a condição de que eles não mostrassem seu rosto e não usassem seu nome verdadeiro.

Ela afirmou que os alemães saindo de seu país natal “querem proteger seus filhos” e que na Alemanha as meninas agora “são estupradas, abertamente assediadas em espaços públicos por não estarem usando o véu [islâmico]”.

“Uma mulher alemã não vale nada para elas”, alegou ela, levando seu entrevistador da BBC a perguntar se ela tinha “alguma prova” para sustentar suas reivindicações.

“Não, são apenas os meus conhecidos que me dizem isso”, respondeu Hana, negando ser racista e dizendo que a única coisa que importava para ela era respeito pela sua cultura, que e diferente da cultura muçulmana.

Para mais detalhes, clique aqui.


Foto: Clemens van Lay@clemensvanlayClemens van Lay