Agro é tech, agro é pop, agro é o futuro

Agro é tech, agro é pop, agro é o futuro

O agro é o futuro do Brasil: em 2020 o agronegócio representou cerca de 26,6%, do Produto Interno Bruto, um crescimento de 24,31%.

Por Rodrigo Cavalo em 06/06/2021


O maior uso de biodiesel, o aumento do consumo de alimentos e a demanda mundial por commodities, fez, que aos poucos, o poder, mudasse de mãos. Sim, a música tocada no sistema econômico está mais para sertanejo que para bossa nova. O agro é o futuro!

O poder econômico está nas mãos do agronegócio! Mesmo com a pandemia causada pelo vírus chinês, o agronegócio no Brasil, continua crescendo.

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em 2020 o agronegócio representou cerca de 26,6%, do Produto Interno Bruto, um crescimento de 24,31%.

No primeiro trimestre de 2021, a agropecuária cresceu 5,1%, frente a igual período do ano passado, e foi destaque no Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,2% de janeiro a março.

Agro é o futuro


E o petróleo? Ainda responsável por grande parte do recurso energético no mundo, tende a diminuir sua participação, frente a preocupação dos países em construir uma matriz energética diversificada e limpa.

Traduzindo, o eixo da discussão no setor de energia no mundo está mudando, no Brasil, por exemplo, o Complexo Eólico terrestre de Oitis, localizado nos estados do Piauí e Bahia, quando terminado, em 2022, será o maior parque terrestre na América Latina e o segundo maior parque eólico terrestre Iberdrola no mundo, sem falar, da retomada do processo de construção de Angra 3, ou seja, mais energia limpa para os carros elétricos que logo tomarão mais espaços nas ruas.

Isso é só o começo!


Sim, o poder está mudando! No governo Jair Bolsonaro e, nas mãos do então Ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o Brasil voltou a investir fortemente na construção, revitalização e desenvolvimento do transporte ferroviário, já que elas são uma alternativa de menor custo logístico, sobretudo para longas distâncias.

No setor rodoviário, a construção de pontes, a recuperação, o asfaltamento e a duplicação de rodovias, tendem a diminuir gastos, minimizando os gargalos no transporte de cargas. Não podemos esquecer nas concessões e modernizações de terminais portuários e aeroportos.

É o Brasil se preparando para o boom das commodities.

E o Nordeste? Sim, após décadas de enrolação, a transposição do Rio São Francisco, levado a sério pelo governo Bolsonaro, está com mais de 90% concluída.

Contando com terra fértil, temperatura e luminosidade adequada, a água não será mais um grande problema e a irrigação, por gotejamento, vem fazendo da fruticultura a atividade que mais se expande nos últimos anos.

Com cerca de 30% da produção nacional de frutas tropicais, o Nordeste tem tudo para aumentar essa fatia e, com a proximidade dos mercados importadores (Europa e Estados Unidos), tem tudo para deslanchar nas exportações, principalmente de frutas “in natura”, como sucos e polpas.

Com tudo isso, não podemos esquecer, de uma empresa, que faz parte do sucesso do agronegócio no Brasil, criada em 1972, pelo então Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

A Embrapa vem prestando um ótimo serviço, com suas inovações, tirou o Brasil de importador de alimentos básicos para um dos maiores exportadores mundiais. Não tão distante, logo teremos a tecnologia 5G, que promete uma comunicação de alta velocidade no campo, aumentando ainda mais a capacidade de inovação.

E para o futuro

O Brasil que vemos, está saindo do eixo Rio-São Paulo, que a cada ano diminui sua participação no PIB e o agro, hoje, responsável pelas reservas internacionais, pela exportação crescente e por manter o país em pé nessa pandemia, está unindo o Brasil de norte a sul.

O futuro é muito mais da moda sertaneja e menos de artistas rouanetistas, da mídia tradicional e dos sindicalistas de plantão. O agro é o futuro! O poder do campo dominou o país financeiramente e culturalmente, um poder que veio para ficar…

Rodrigo Cavalo é bacharel em Direito e pós-graduado em Direito e Processo do trabalho. Crítico por natureza.


Foto: Boudewijn “Bo” Boer.