O Instituto Mises fez um artigo com 17 questões polêmicas sendo respondidas do ponto de vista marxista, keynesiano, da Escola de Chicago e da Escola Austríaca. Confira alguns dos temas abordados:
Qual é a importância econômica da propriedade privada?
Resposta marxista: Ela é centro das mais severas desigualdades e opressões da civilização moderna. Somente por meio da regulamentação, da transferência de renda, da redistribuição de riqueza e da propriedade comunal poderemos ter justiça.
Resposta keynesiana: A propriedade é importante, mas não há um “direito” de propriedade. A propriedade deve estar sempre sujeita a regulamentações e até mesmo a sofrer modificações em nome do bem comum.
Resposta de Chicago: A propriedade é importante para a prosperidade e para o crescimento econômico. É de suma importância que o estado — ou, mais abstratamente, a lei — procure alocar bem os custos de transação e, com isso, promova o máximo de crescimento e eficiência econômica. A propriedade não é algo que surge naturalmente; ela é o produto final do sistema legal.
Resposta da Escola Austríaca: A propriedade surge naturalmente nas relações humanas com o tempo. Vem dela a precificação de itens, e é ela que permite mais ampla e mais produtiva divisão do trabalho e, consequentemente, níveis crescentes de prosperidade. A civilização em si é inconcebível sem propriedade privada. Qualquer transgressão à propriedade resulta em perda de liberdade e de prosperidade.
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Qual é a origem do valor econômico de um bem?
Resposta marxista: O valor de uma mercadoria é igual à quantidade total de trabalho utilizada em sua produção, que tem relação com o tempo de trabalho empenhado. Se uma bicicleta possui o mesmo valor de mercado de, digamos, 500 ovos, então podemos dizer que 1 bicicleta = 500 ovos. Em que consiste esta igualdade? Concluiremos que aquilo que ambos têm em comum é a quantidade de trabalho utilizada em sua produção.
Resposta Historicista (não existe uma resposta propriamente keynesiana para esta pergunta): O valor econômico é uma questão complexa que não pode ser explicada por meio de fórmulas simples. Para entender por que as pessoas de uma determinada sociedade valoram algumas coisas mais favoravelmente do que outras, temos de estudar sua cultura e sua história. Por exemplo, um determinado animal pode ser sagrado para um povo e ter pouco valor para outro.
Resposta de Chicago: O valor de um bem é determinado pela interdependência entre oferta e demanda. A abordagem correta é aquela de Alfred Marshall, que percebeu que o valor econômico se deve tanto às preferências subjetivas quanto às condições tecnológicas objetivas.
Resposta da Escola Austríaca: O valor é algo criado na mente humana em relação a itens. Um objeto só é valioso se houver ao menos um ser humano que acredite que este objeto poderá ajudar a satisfazer seus desejos subjetivos. Por exemplo, uma determinada raiz que cura o câncer. Se ninguém souber deste fato, esta raiz não terá nenhum valor econômico, e as pessoas não trocarão dinheiro por ela. Consequentemente, o valor é gerado pelos desejos subjetivos de um indivíduo e por suas crenças quanto às propriedades causativas de um determinado item.
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Foto: Markus Spiske.