A liberdade de imprensa ao redor do mundo

A liberdade de imprensa ao redor do mundo

A ONG Repórteres Sem Fronteiras publicou a edição 2020 de seu tradicional relatório sobre liberdade de imprensa. O número de jornalistas mortos foi o mais baixo desde 2013. E tem mais: a pontuação da liberdade de imprensa melhorou em quase todo o mundo.

Por Redação em 03/08/2020

De acordo com o relatório emitido pela ONG Repórteres Sem Fronteiras, 75% dos países estão em categorias descritas como problemáticas, difíceis ou muito graves no que diz respeito à liberdade de imprensa.

A organização também é responsável pelo Índice de Liberdade de Imprensa Global, Global Press Freedom Index, que classifica países anualmente dando de 0 à 100 pontos, sendo 0 o mais livre possível.

Também há boas notícias: o número de jornalistas mortos no ano passado foi o mais baixo desde 2013. E tem mais: a pontuação da liberdade de imprensa melhorou em quase todo o mundo de acordo com o relatório de 2020.

Os países nórdicos lideram o Índice de Liberdade de Imprensa desde o seu início. A Noruega é o país melhor ranqueado, com 7,84 pontos. Apesar de haver um ambiente de mídia muito livre, o governo recentemente criou uma comissão para revisar as condições de liberdade de expressão, oficialmente para tentar impedir a disseminação de “notícias falsas e discursos de ódio”.

Primeiros colocados no Índice de Liberdade de Imprensa Global. Fonte: Visual Capitalist.

O país com a maior pontuação e que ocupa a posição 180, ou seja, o menos livre, é a Coreia do Norte, com 85,82 pontos.

Liberdade de imprensa no Brasil

O Brasil ocupa uma nada honrosa 107ª posição, com 34,05 pontos. Caiu duas posições em relação ao ranking anterior.

Malásia

Um novo governo inaugurou uma era menos restritiva na Malásia em 2018. Jornalistas e meios de comunicação que estavam na lista negra foram capazes de retomar o trabalho, e leis contra fake news que eram vistas como problemáticas foram revogadas. Como resultado, a pontuação do índice da Malásia melhorou 15 pontos nos últimos dois anos. Isso está em nítido contraste com o vizinho, Singapura, que ocupa a 158ª posição entre 180 países.

Oriente Médio

Embora a situação nessa região tenha começado a se estabilizar um pouco, ainda existem restrições – mesmo em países relativamente seguros e estáveis. Tanto a Arábia Saudita (nº 170) quanto o Egito (nº 166) prenderam vários jornalistas nos últimos anos. O governo da Arábia Saudita ainda está lidando com a repercução do assassinato de Jamal Khashoggi, colunista do Washington Post.

E a liberdade de imprensa na China?

A China está bem perto do final da lista, ocupando a posição 176. Atualmente, mais de 100 jornalistas e blogueiros estão detidos porque o país mantém um forte controle sobre a imprensa – e tem mantido principalmente desde que o vírus chinês começou a se espalhar. No início deste ano, o governo chinês também expulsou mais de uma dúzia de jornalistas americanos que trabalhavam para os jornais Wall Street Journal, Washington Post e New York Times.

Para ver a matéria completa, acesse o site The Visual Capitalist.


Foto: Alex Braga.