152 bispos da CNBB atacam o governo Bolsonaro

152 bispos da CNBB atacam o governo Bolsonaro

152 membros esquerdistas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil assinaram uma carta, denominada "Carta ao Povo de Deus", na qual criticam o atual governo e afirmam que é insustentável "insistir no neoliberalismo".

Por Redação em 10/08/2020

Um grupo de 152 bispos e arcebispos da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) assinaram uma carta em que atacam o governo Bolsonaro. Na denominada “Carta ao Povo de Deus”, os membros da Igreja Católica chamaram o atual governo de omisso, apático e incompetente.

Eles criticam a forma como o governo tem enfrentado as questões relacionadas ao vírus chinês, as tentativas de flexibilização do porte de armas e até as reformas trabalhistas e previdenciárias, chamando-as de “armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo”. Apesar de o texto da carta dizer que ela não tem interesse partidário ou ideológico, há um claro teor esquerdista e claramente os 152 bispos da CNBB atacam o governo.

Segundo os que a assinaram, “é insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população”.

Bispos da CNBB atacam o governo

A carta também diz que Bolsonaro defende os interesses de uma “economia que mata” e propõe um diálogo nacional “para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito (…), com educação e saúde integrais e de qualidade para todos”.

De acordo com o site da CNBB, a Igreja Católica no Brasil conta com 480 bispos e a instituição possui 307 membros. A maioria dos que assinaram a carta são eméritos, ou seja, aposentados.

Lula, a Igreja e o PT

É interessante lembrar que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva comentou em vídeo, há alguns anos, o seguinte: “Mas por que é que eu acheguei onde cheguei? Porque eu tenho por detrás de mim (…) a CUT, a base da igreja católica”.

Lula também falou recentemente sobre a relação entre Igreja e política em uma conversa com Leonardo Boff. “Possivelmente as pessoas que moram no centro do Rio, no Centro de São Paulo, não percebam isso, mas eu, que viajei o Brasil inteiro (…) sei o que era o valor de um padre progressista em uma cidade pequena”, disse o ex-presidente.

Conversa entre Lula e Leonardo Boff, na qual falam sobre o governo atual e sobre o papael da Igreja na formação do PT.

Para ver a análise completa, acesse o site Templário de Maria.


Foto: Thays Orrico.